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Estado de Minas JUSTIÇA ELEITORAL

Mendonça sobre julgamento de Bolsonaro: 'Não queremos perseguição'

Ministro do STF indicado pelo ex-presidente afirma que espera um julgamento justo que não promova uma perseguição


28/06/2023 13:50 - atualizado 28/06/2023 13:57
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Bolsonaro e André Mendonça
André Mendonça também foi ministro da Justiça de Bolsonaro (foto: Carolina Antunes/PR)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quarta-feira (28/6) que espera que o ex-presidente tenha um julgamento justo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), evitando uma suposta perseguição.

Na noite dessa terça-feira (27/6), o relator da ação movida pelo PDT, ministro Benedito Gonçalves, declarou seu voto para tornar Bolsonaro inelegível por oito anos. O julgamento foi interrompido e será retomado na manhã de quinta-feira (29/6) com o voto dos demais magistrados da corte eleitoral.

Mendonça, que está em Portugal participando de um fórum, disse que viu o voto apenas pela imprensa. "Assim como não queremos perseguição para um lado, não podemos,m por conveniência ou circunstância, compactuarmos com atitudes que não garantam os mesmos direitos de defesa e justiça para quem não pense ideologicamente como nós", destacou André Mendonça.

Bolsonaro é julgado por uma reunião que realizou com embaixadores em julho de 2022, onde questionou o processo eleitoral brasileiro apresentando argumentos falsos. Os fatos configuram abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, já que o encontro foi transmitido pela TV Brasil, da estatal EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), além de ter sido compartilhado nas redes sociais do ex-presidente.

O Julgamento

Ao ler seu voto, o ministro Benedito Gonçalves afirmou que Bolsonaro é “integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual" da reunião, se posicionando contrário à condenação do candidato a vice-presidente na chapa, o militar da reserva e ex-ministro da Casa Civil Braga Netto (PL).

O ministro também apontou que, ao tentar convencer os eleitores e governos estrangeiros de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse ser eleito de forma fraudulenta, Bolsonaro teve ganho político ao se observar a disseminação desse tipo de conteúdo nas redes sociais.

A defesa de Bolsonaro, realizada por Tarcísio Vieira de Carvalho, ex-ministro do TSE, nega que o ex-presidente tenha tentado dar um golpe, pois, quem "vai praticar um golpe, vai perder tempo em desacreditar a Justiça Eleitoral e disputar as eleições?".


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