O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, nesta quarta-feira (7/6), publicou um novo vídeo se retratando sobre a comparação que fez entre os processos da operação Lava-Jato e os que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que há excessos similares nos ministros da Justiça Eleitoral aos praticados pelo ex-juiz, e agora senador, Sergio Moro (União-PR), e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
“Meus amigos, o pessoal das redes (sociais) me interpretou mal. O que eu disse é o seguinte: que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja justo e não condene o Bolsonaro. Ele não merece ser condenado pelo que falou”, disse Costa Neto.
O político defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de uma possível inelegibilidade. Para Costa Neto não existe motivo para que os ministros cometam um “erro”, citando um “erro do passado”. “Que saía tudo bem. O Bolsonaro não pode ser condenado”, completou.
O julgamento de Bolsonaro no TSE foi marcado pelo presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, para o dia 22 de junho. O magistrado ainda reservou as datas do dia 27 e 29 para a análise da pauta, já que a tendência é que o processo demore até o veredito final.
O ex-presidente é investigado pela justiça eleitoral por abuso de poder política ao realizar uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, onde fez um ataque ao sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas. O discurso foi reproduzido em rede nacional pelos canais oficiais do governo, a TV Brasil.
Em seu relatório, o ministro Benedito Gonçalves, também ressalta o questionamento à integridade do TSE e seus magistrados, além de insinuações sobre suposta interferência eleitoral e defesa de “terroristas” por parte de Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Valdemar ainda afirmou que seria um "erro" condenar Bolsonaro (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
