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Estado de Minas CÂMARA

Deputado provoca Eduardo Bolsonaro: 'Já devolveu todos os colares?'

Glauber Braga (PSOL-RJ) questionou por que os deputados bolsonaristas não chamam o príncipe da Arábia Saudita de ditador


31/05/2023 21:10 - atualizado 31/05/2023 21:15
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Com uma série de reclamações dos deputados bolsonaristas sobre a presença do presidente da Venezuela, Nicólas Maduro, na reunião que uniu representantes de doze países da América do Sul em Brasília nesta semana, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) decidiu relembrar o caso das joias e a relação da família Bolsonaro com o príncipe da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman.

"Se agradariam se o Maduro tivesse chegado no aeroporto com carregamento de joias. Eles iam adorar. Adoram sentar no colo do príncipe saudita. Neste caso específico, não falam de ditadura", afirmou o psolista. "Quando se trata do reestabelecimento de relações diplomáticas com um país vizinho da América Latina", prosseguiu.

Os comentários deixaram o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) incomodado. Ele passou a reclamar das falas do parlamentar carioca. Que retrucou questionando se "você já devolveu todos os colares".

Eduardo afirmou que devolveria quando a mãe de Glauber também devolvesse. Ex-prefeita de Nova Friburgo, no interior do Rio de Janeiro, Maria da Saudade (PSB-RJ), mãe do parlamentar, foi, em um primeiro momento, condenada em 2012 a dois anos de prisão por crimes de responsabilidade. Mas foi absolvida de forma unânime por desembargadores, em apelação na segunda instância.

Câmara dos Deputados
Deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) trocam farpas após psolista citar caso das joias (foto: Reprodução/TV Câmara dos Deputados)
Em outubro de 2021, a Receita Federal apreendeu um estojo, avaliado em R$ 16,5 milhões, vindo com uma delegação do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que havia viajado ao Oriente Médio. Ao retornarem ao Brasil, o integrante da comitiva foi para fila do "nada a declarar".
Albuquerque tentou liberar as peças, alegando que eram presentes para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Contudo, a legislação afirma que qualquer item de valor que seja presente de um governo estrangeiro para o presidente deve ser incorporado aos bens da União. Se for um bem pessoal, é necessário que seja paga uma tributação caso os bens ultrapassem US$ 1 mil.

Outros dois estojos passaram sem serem detectados pela alfândega, cada um avaliado em cerca de R$ 500 mil.
 
O príncipe saudita Mohammad bin Salman é suspeito de mandar matar o jornalista Jamal Khasshoggi, em 2018, na embaixada da Arábia Saudita na Turquia. Khasshoggi era um veemente crítico do governo árabe. 


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