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Estado de Minas CÂMARA DE BH

Presidente do Psol de Minas é agredido e expulso da Câmara de BH

Cacau Pereira alegou que tentava evitar que dois seguranças retirassem uma mulher acusada de injúria racial. Ele pedia que a ação fosse realizada por mulheres


24/04/2023 21:40 - atualizado 24/04/2023 21:50

O presidente do Psol de Minas Gerais, Cacau Pereira, foi retirado à força da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) nesta segunda-feira (24/4) ao tentar impedir que dois seguranças homens retirassem do plenário uma professora militante que estava no local. Ele pedia que a ação fosse realizada por seguranças mulheres.
 

"Ele (Gabriel Azevedo) ordenou a saída de uma professora. Vieram dois seguranças muito fortes para fazer isso, e nós impedimos. Esse tipo de ação não pode ser feita por dois homens contra uma mulher", narrou Cacau. 

O psolista foi retirado com o uso de um golpe conhecido como "mata-leão". O partido postou uma nota de solidariedade na qual considera que foi feito um uso desproporcional de força física pelos seguranças. Além dele, outro militante também afirma ter sido agredido.

O ato ocorreu durante o debate sobre o Projeto de Lei 54/2021, de autoria do ex-vereador (e atual deputado federal) Nikolas Ferreira (PL), que proíbe o ensino de linguagem  não-binária ou "linguagem neutra" nas escolas da rede pública e privada da capital mineira. 
O vereador Marcos Crispim (PP) afirmou que, após discursar sobre o tema, algumas pessoas presentes na galeria se manifestaram. "A partir desse momento, uma senhora lá de cima começou a fazer um gesto, passando a mão em ambos os braços. Mesmo com o presidente da Câmara pedindo insistentemente que parasse com aquele gesto, (...) ela continuou até que ele pediu que os seguranças da casa a retirassem", afirmou o parlamentar.

Crispim e a mulher foram conduzidos pela Guarda Municipal para o Deplan 3. No boletim de ocorrência, a acusada afirmou que "possui uma enfermidade de pele provocada por uma situação de alto nível de estresse psicológico e que, quando se manifesta, ocasiona uma coceira frenética e incontrolável" e que ela possui um laudo cliínico que atesta a enfermidade. "Por se reconhecer negra", a acusada "nega veementemente a alegação do senhor vereador acerca de injúria racial por meio de fala e/ou gesto".

Câmara


Logo após o ocorrido, o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (sem partido), enviou uma nota sobre o caso.

"Durante a sessão extraordinária dessa segunda-feira, o vereador Marcos Crispim me apontou uma pessoa na galeria que fazia gestos para ele mostrando o próprio braço com dedos que se esfregavam reiteradamente na própria pele. O vereador, que é preto, se sentiu ofendido e me solicitou para pedir a pessoa para parar. Pedi reiteraras vezes, e a pessoa seguia. O vereador Bruno Pedralva foi ao microfone e disse que conversou com a pessoa e que está fazia isso dizendo que, por ser preto, o vereador Marcos Crispim deveria ter determinada posição na votação. Isso é simplesmente inaceitável num parlamento. Assim sendo, pedi que a retirada dessa pessoa, que seguia fazendo o gesto, fosse imediata. O vereador Marcos Crispim foi prestar um boletim de ocorrência. Lamento profundamente o ato.”


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