(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CARTÃO CORPORATIVO

TCU vai apurar gastos de Bolsonaro com cartão corporativo durante campanha

De acordo com um levantamento do Deputado Elias Vaz, houve um aumento de 108% nos gastos durante a campanha eleitoral


16/02/2023 08:30 - atualizado 16/02/2023 09:04

Jair Bolsonaro
De acordo com levantamento, durante campanha eleitoral os gastos com o cartão corporativo aumentaram 108% (foto: JOE RAEDLE/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP)
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, a abertura de uma investigação para apurar os gastos do cartão corporativo realizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre outubro e dezembro de 2022. 


A investigação teve origem a partir de um levantamento feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), através do Portal da Transparência. Segundo os dados, os gastos no cartão corporativo do governo Bolsonaro tiveram um aumento de 108% durante a campanha eleitoral, em comparação com a média mensal de gastos entre o mesmo período de 2021.

De acordo com a decisão, devido ao aumento expressivo de gastos no período eleitoral, o TCU irá comparar, com base nas médias mensais apresentadas no ano de 2021, qual a natureza dos gastos, que apresentam um valor expressivo em relação ao ano anterior. 
"Alimentação, hospedagem, segurança, passagens aéreas etc.?", exemplifica o documento.
 

A Tribunal de Contas destaca que para uma apuração mais eficaz, é necessário comparar, mês a mês, os gastos do Governo Bolsonaro no cartão corporativo. 

"Para que sejam respondidos adequadamente os questionamentos, é necessário, em momento oportuno, acessar os dados dos dispêndios discriminados por elemento de despesas realizadas com o CPGF da Presidência da República dos anos de 2018 a 2022, consolidados mês a mês", diz a decisão. 

O órgão também destaca que é preciso comparar os gastos com a agenda do ex-presidente. Isso para analisar se a agenda de campanha eleitoral realizada em 2022 e os gastos de Bolsonaro no cartão corporativo coincidem.

"Os gastos realizados coincidiram com as agendas de campanha? Houve despesas que podem ser consideradas como gastos voltados à campanha eleitoral?", questionam.

"Estes dados devem ser comparados com outros documentos que evidenciam os gastos, a exemplo de extratos de pagamentos do Cartão de Pagamento do Governo Federal, documentos relativos à liquidação de despesas, notas fiscais e recibos, relatórios de prestação de contas, com metodologia a ser definida após o recebimento destas informações, consoante a qualidade e quantidade de dados a serem tratados".
 

O TCU ressalta que as despesas de transporte e de comitiva em eventos de campanha eleitoral devem ser ressarcidas pelo partido ou coligação do candidato.

Dessa forma, o órgão vai verificar se as despesas no cartão corporativo também estão relacionadas a viagens de campanha e se o ressarcimento foi realizado.

"Pelas razões apresentadas, propõem-se que seja autorizada a realização de fiscalização contínua, na modalidade de acompanhamento, em órgãos da Presidência da República, contemplando a atuação do Banco do Brasil, visto que este operacionaliza as despesas do CPGF, a fim de dirimir os questionamentos levantados na presente solicitação, bem como apurar eventuais irregularidades e desvio de finalidade no uso desse instrumento de fundo de suprimento, no âmbito da Presidência da República", afirma a decisão do TCU.




receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)