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Estado de Minas PODER LEGISLATIVO

ALMG: deputados do Republicanos e do PT assumem cargos de liderança

Carlos Henrique (Republicanos) será o líder da Maioria, ligado ao bloco aliado a Zema; petista Jean Freire vai liderar a Minoria, formada pela oposição


15/02/2023 16:37 - atualizado 16/02/2023 10:54

Os deputados estaduais Carlos Henrique e Doutor Jean Freire, de Minas Gerais
Carlos Henrique (esq.) e Doutor Jean Freire (dir.) vão compor o Colégio de Líderes da Assembleia de Minas (foto: Elizabete Guimarães e Sarah Torres/ALMG)
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) oficializou, nesta quarta-feira (15/2), os ocupantes dos dois cargos de liderança da Casa que ainda estavam vagos. Carlos Henrique, do Republicanos, será o líder da Maioria - posto ligado à coalizão de apoio ao governador Romeu Zema (Novo). Doutor Jean Freire (PT), por sua vez, vai liderar a Minoria. A função está relacionada ao bloco de oposição a Zema.

Na Assembleia de Minas, a Maioria é representada pelo bloco parlamentar com o maior número de integrantes. Nesta legislatura, a Maioria é a coalizão "Minas em Frente", composta por nove partidos que apoiam Zema. Carlos Henrique, portanto, vai ser um dos líderes ligados ao poder Executivo, ao lado de Gustavo Valadares (PMN), líder de governo, Cássio Soares (PSD), líder do "Minas em Frente", e Gustavo Santana (PL), que encabeça o "Avança Minas", outro bloco parlamentar com deputados aliados ao Palácio Tiradentes.

A Minoria, por sua vez, é a coalizão numericamente inferior à Maioria. Por isso, essa denominação foi dada aos 20 parlamentares de PT, PCdoB, PV, Psol e Rede, que formaram uma aliança antagônica a Zema. Jean Freire e o também petista Ulysses Gomes, líder da oposição, serão os responsáveis por encabeçar as articulações políticas do grupo formado pelas cinco legendas.

Com as indicações de Carlos Henrique e Jean Freire, está inteiramente escalado o Colégio de Líderes da Assembleia. Além dos dois, o comitê terá, também, Valadares, Cássio, Santana e Ulysses. Os porta-vozes de cada corrente da Assembleia têm a prerrogativa de se reunir para que possam, por exemplo, chegar a acordos sobre os projetos a serem votados em plenário.

Falta agora, apenas, a indicação da líder da bancada feminina da Assembleia. Neste ciclo, 15 parlamentares mulheres vão cumprir mandato. No ano passado, o cargo foi ocupado por Leninha (PT), agora a 1° vice-presidente da Mesa Diretora.

Aliados de Zema querem deixar 'período conflituoso' para trás

O bloco "Minas em Frente" é, oficialmente, a principal aliança de apoio a Zema, com 33 deputados estaduais. No "Avança Minas", que tem mais deputados simpáticos ao governo, há outros 24 parlamentares. Por isso, aliados do Palácio Tiradentes calculam ter o apoio de mais de 50 dos 77 integrantes da Assembleia.

Na legislatura passada, houve embates entre Zema e o então presidente do Parlamento, Agostinho Patrus (PSD) - agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).

Segundo Carlos Henrique, o "período conflituoso" é passado. Na visão do líder da Maioria, a escolha de Cássio Soares para liderar a coalizão governista é um recado do núcleo de articulação política do governo sobre a disposição para dialogar. Isso porque, na legislatura passada, o político do PSD compôs as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e dos Fura-Filas, que investigaram tópicos ligados ao governo estadual.

"(A escolha de Cássio) é uma sinalização muito importante do governo de Minas (sobre) a mudança de paradigma em relação aos trabalhos da Assembleia e a boa convivência que teremos daqui para frente", pontuou.

Petista promete 'oposição aguerrida'

Doutor Jean Freire, por sua vez, afirmou que a frente de esquerda formada na Assembleia Legislativa pretende fazer o que chamou de "oposição muito aguerrida e presente".

"Que a gente possa fazer o governo entender: uma oposição, quando é feita com muita responsabilidade, sem perder os princípios, ajuda muito a governar. Chamamos a atenção do governo para muitas situações", assegurou.

A oposição deve travar duelos com os aliados de Zema quando pautas defendidas pelo governo, como a privatização de estatais e a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) passem pelo plenário e pelas comissões temáticas. Há temor por prejuízos aos serviços públicos e ao funcionalismo.

"Não estamos aqui simplesmente para bater palmas. Não fiz esse papel nem quando o governo era do meu partido. Nossa função aqui é estar sempre cobrando", completou Freire, em menção à gestão de Fernando Pimentel, de 2015 a 2018.


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