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Estado de Minas POLÍTICA PARTIDÁRIA

Comando em Minas é condição para Avante compor federação com PP e União

Partido de Luis Tibé e André Janones quer controlar um dos diretórios estaduais da aliança suprapartidária; bancada do grupo na Câmara teria 115 representantes


11/02/2023 16:14 - atualizado 11/02/2023 16:14

O deputado federal Luis Tibé
Luis Tibé (foto) é o presidente nacional do Avante e pode comandar diretório mineiro de nova federação (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press - 19/3/18)
Minas Gerais é o estado "fiel da balança" nas negociações que podem dar forma a uma federação partidária entre PP, União Brasil e Avante. Isso porque, segundo apurou o Estado de Minas, o controle da direção estadual da coalizão é condição para a entrada do Avante no bloco.

O presidente nacional do partido é o deputado federal mineiro Luis Tibé. O parlamentar é, também, o principal líder do Avante no estado. No cenário que tem a legenda como participante da federação com PP e União Brasil, seria Tibé o comandante da aliança em Minas.

Foi em Minas que o Avante fez cinco dos sete deputados federais eleitos pelo partido. A importância estratégica do estado para a legenda, conforme relatou à reportagem um interlocutor de Brasília (DF), faz com que o controle do diretório local seja elemento importante para as conversas sobre a possível federação.

No último pleito para a Câmara dos Deputados, candidatos da agremiação foram votados por 2,1 milhões de eleitores. Metade do desempenho - 44% - foi conquistado em Minas Gerais.

Hoje, a figura mais conhecida do Avante nas redes sociais é, justamente, um mineiro: o deputado federal André Janones. Um dos mais ferrenhos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele chegou a ensaiar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto, mas abriu mão da ideia para apoiar o petista.

Acerto pode dar forma a bancada com mais de 100 deputados

Se os três partidos chegarem a um acordo, a federação entre eles vai ser dona de 115 das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados. Isso porque, além dos 7 representantes do Avante, há 49 filiados ao PP e 59 parlamentares do União Brasil. Se houver acordo apenas entre PP e União Brasil, a "dobradinha" teria 108 assentos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou ontem as conversas entre as três legendas. "São partidos importantes, com bancadas expressivas. No caso de ocorrer e se efetivar (a federação), darão contribuição de equilíbrio também para que o eleitorado, os estados e a população brasileira possam acompanhar mais facilmente o desempenho de cada federação", disse, após evento no Espírito Santo (ES).

Partidos têm boa relação em Minas

PP, Avante e União Brasil têm posições políticas convergentes em Minas Gerais. Prova disso é que os deputados estaduais das três legendas compõem a base aliada ao governador Romeu Zema (Novo).

No ano passado, aliás, o Avante indicou Camila Soares para ser uma das suplentes de Marcelo Aro, que disputou o Senado Federal pelo PP mineiro.

Na prática, os partidos que se juntam em uma federação têm de atuar como se fossem uma legenda única. Eles precisam, por exemplo, apoiar os mesmos candidatos em todos os cantos do país e formar bancadas conjuntas nas casas legislativas.

Neste momento, há três federações formadas: a primeira a ser articulada, batizada de "Brasil da Esperança", tem PT, PCdoB e PV. Depois, vieram outras duas: uma, também à esquerda, é formada por Psol e Rede Sustentabilidade. Há, ainda, a união entre PSDB e Cidadania.


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