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Estado de Minas OPERAÇÃO DA PF

Assessor Jurídico da Santa Casa de Cataguases é preso por atos golpistas

Eduardo Antunes Barbosa foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira (27/1), em Cataguases


27/01/2023 12:12 - atualizado 27/01/2023 12:29

Eduardo Antunes Barbosa
Eduardo Antunes Barbosa participou dos atos golpistas em Brasília, 8 de janeiro (foto: Reprodução)
O assessor Jurídico da Santa Casa de Cataguases, na Zona da Mata Mineira, Eduardo Antunes Barbosa foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira (27/1). Ele foi um dos suspeitos detidos na Operação Lesa Pátria, que tem o objetivo de identificar participantes, financiadores e apoiadores dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília.

Dudu Barcelos, como é conhecido, foi um dos bolsonaristas radicais que invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, no ato antidemocrático realizado no domingo (08/01) na Capital Federal. 

Ele compartilhou um vídeo em que mostra os bolsonaristas radicais subindo a rampa do Congresso Nacional. O prédio, ocupado pelos deputados e senadores, foi completamente destruído pelos invasores. 
 
“Invadimos. Olha o povo subindo a rampa, gás lacrimogêneo, bomba, e o povo reintegrando posse. Abaixo o comunismo. É isso aí gente, invasão. Invadimos. Loucura, loucura, loucura, olha aí. Povo guerreiro”, disse o bolsonarista nas imagens.
 
Prisão de Eduardo Antunes Barbosa, em Cataguases
Momento da prisão de Eduardo Antunes Barbosa, em Cataguases (foto: Reprodução)
 

Abaixo-assinado de Cataguases

O vídeo viralizou em grupos da cidade e região. Um grupo de moradores, então, resolveu fazer um abaixo-assinado online repudiando a participação de Dudu nos atos golpistas.  

“A população de Cataguases tomou conhecimento de que um dos integrantes do corpo jurídico do Hospital de Cataguases, o Sr. Eduardo Antunes Barcelos, esteve envolvido nos atos que atentaram contra a democracia brasileira em Brasília, no domingo de 8 de janeiro de 2023. Conduta incompatível com a nobre missão do HC [Hospital de Cataguases] e com seu consolidado histórico de inestimável serviço prestado à sociedade”, diz parte do abaixo-assinado.
  
Na sequência, pede que Dudu seja demitido do hospital. “Sendo assim afirmamos que a população Cataguasense não deseja ser atendida por uma pessoa que não respeita a ordem democrática, os direitos humanos e as instituições mantenedoras dos serviços de saúde em nosso município e solicitamos o imediato afastamento do funcionário Eduardo Antunes Barcelos até que a justiça apure sua responsabilidade nos atos acima citados”, finaliza o abaixo-assinado, que colheu mais de 800 assinaturas.  


Vereadora acionou o STF

 
Após a divulgação do vídeo, a vereadora Stefany Carli (PT), encaminhou ao gabinete do ministro do STF, Alexandre de Moraes, as imagens de Eduardo Antunes Barcelos nos atos antidemocráticos em Brasília. 
 
“Na qualidade de vereadora eleita pelo povo cataguasense, venho até Vossa Excelência pedir que seja apurada a conduta do supra mencionado cidadão e que a ele, seja aplicada a sanção cabível”, escreveu a vereadora ao ministro. 
 
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com Dudu Barcelos pelo WhatsApp e questionou sua participação no ato golpista. O advogado respondeu que está em Brasília, mas não retornou os outros questionamentos.  

A Santa Casa de Cataguases também foi procurada, via e-mail, para responder sobre a participação de Dudu Barcelos. No entanto, o hospital não retornou nossos questionamentos. 
 
Dudu Barcelos tem inscrição ativa na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) desde 1994. A reportagem não conseguiu contato com a OAB-MG para saber se o advogado será punido. 
 
Contudo, no site oficial, a Ordem divulgou uma nota repudiando os atos golpistas. “Tais atos devem ser repelidos pelas forças de segurança de acordo com as disposições legais. É hora de encerrar de uma vez por todas os intentos contra o Estado Democrático de Direito no país. Somente assim será possível buscar a pacificação necessária ao Brasil. Para isso, é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório”.  

“A Ordem acompanhará os desdobramentos do episódio e está pronta para atuar, de acordo com suas incumbências legais e constitucionais, em defesa das instituições republicanas e das prerrogativas de advogadas e advogados que trabalharem nos casos decorrentes dos eventos deste domingo, usando para isso, inclusive, ações judiciais”, finalizou a OAB-MG.


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