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Estado de Minas VANDALISMO EM BRASÍLIA

Mural de Di Cavalcanti e vitral no Congresso sofrem danos durante invasão

No Superior Tribunal Federal (STF), a cadeira da presidente Rosa Weber, idealizada pelo designer Jorge Zalszupin, foi arrancada


08/01/2023 22:00 - atualizado 08/01/2023 22:02

Invasor retira quadro da parede em invasão a Congresso, Planalto e STF neste domingo (8/1)
Invasor retira quadro da parede em invasão a Congresso, Planalto e STF neste domingo (8/1) (foto: Gabriela Biló/Folhapress)
Os manifestantes golpistas que invadiram as edificações da Praça dos Três Poderes, em Brasília —Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal— neste domingo (8/1) danificaram importantes obras de arte para a cultura brasileira.

 

Uma delas, foi "Araguaia", vitral de Marianne Peretti, de 1977, que fica no salão verde da Câmara. No Planalto, a tela "Duas Mulatas", pintada em 1962 por Di Cavalcanti foi furado pelos golpistas.

 

No STF, a cadeira da presidente Rosa Weber, idealizada pelo designer Jorge Zalszupin foi arrancada. Além disso, um crucifixo foi danificado e a escultura "A Justiça", de Alfredo Ceschiatti, de 1961, foi pichada.

Segundo um funcionário do Congresso, os golpistas quebraram todas as vidraças do prédio e fizeram pichações.

 

Também invadiram e quebraram a sala da liderança do PT. Ao lado, incendiaram uma lanchonete. Atrás dela, fica um painel do artista Athos Bulcão. Até o momento, não se sabe o estado do painel. Nessa invasão, os extremistas destruíram os hidrantes, numa tentativa de impedir o combate às chamas.

 

As edificações da Praça dos Três Poderes foram tombadas, em 2007, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Brasília, cidade planejada, também foi inscrita pela Unesco, em 1987, na lista do Patrimônio Mundial.

Para José Nascimento, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Museus, o Ibram, entre 2009 e 2013, o Iphan deve avaliar todo o prejuízo após a invasão.

 

"São crimes de dano ao patrimônio público", diz ele. "O Iphan pode fazer a imediata avaliação do que foi danificado e, então, cabe à Polícia Federal prender os terroristas", completa.


De acordo com Marcos Olender, diretor de projetos do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, é difícil mensurar o valor das obras danificadas. "Não existe realmente um valor para essas obras de arte que foram danificadas", afirma. "O que aconteceu foi muito grave."

 


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