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Estado de Minas GOVERNO DE MINAS

Zema inicia segundo mandato com proposta de melhorar relação com deputados

Necessidade de estreitar os laços entre Legislativo e Executivo tem sido admitida publicamente por aliados do governador


01/01/2023 04:00 - atualizado 01/01/2023 09:19

Romeu Zema tomará posse hoje pela manhã, no Palácio das Artes, em BH
Romeu Zema tomará posse hoje pela manhã, no Palácio das Artes, em BH (foto: Denys Lacerda/EM/D.A Press)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), vai à Assembleia Legislativa, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, hoje, para tomar posse rumo ao segundo mandato à frente do estado. O evento, previsto para começar às 9h, ocorre em meio a planos de melhora na relação com os deputados estaduais nos próximos quatro anos.

A necessidade de estreitar os laços entre Legislativo e Executivo tem sido admitida publicamente por aliados do governador, como o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, que faz  a interlocução entre os poderes. Depois do evento na Assembleia, Zema e o vice-governador eleito, Mateus Simões (Novo), vão ao Palácio das Artes, no Centro da capital. Lá, às 11h, ocorre a solenidade de recondução do chefe do Executivo ao cargo.
A tarefa de dar posse a Zema vai caber a Agostinho Patrus (PSD), presidente da Assembleia. Coordenador da campanha de Alexandre Kalil (PSD), derrotado pelo governador no primeiro turno, Agostinho protagonizou embates públicos com o político do Novo. Ao longo do primeiro mandato, o Palácio Tiradentes não conseguiu formar maioria no Parlamento e teve dificuldades para emplacar pautas como a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), visto como saída para refinanciar a dívida de quase R$ 150 bilhões com a União.

Parte dos deputados teme prejuízos a serviços públicos e ao funcionalismo e, por isso, se recusa a dar aval à proposta. Zema, então, se amparou em autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para começar os trâmites em direção ao ajuste fiscal. O impasse entre governo e Assembleia travou por um semestre a pauta de votações do plenário. No fim do ano, Zema cedeu e tirou o RRF do regime de urgência, permitindo que os parlamentares pudessem sair de férias tendo votado textos como o Orçamento do estado para 2023 — com rombo estimado em R$ 3,5 bilhões.

Igor Eto elegeu “pacificação” como palavra de ordem na relação entre o governo e os deputados, que assumem novos mandatos em fevereiro. "Legislativo e Executivo precisam estar unidos. Apesar de sermos poderes independentes, somos poderes intimamente ligados ao bem-estar do povo de Minas. É preciso que haja harmonia entre o governo e a Assembleia para que Minas avance", defendeu.

O primeiro teste a respeito da temperatura entre governo e Assembleia pode ocorrer já no primeiro dia da nova legislatura. Isso porque, em 1° de fevereiro, os deputados terão de eleger o sucessor de Agostinho na presidência da Assembleia. Entre os nomes que despontam estão Tadeu Martins Leite (MDB) e Roberto Andrade (Avante). Eto, apesar da proximidade a Andrade, defende a construção de uma candidatura de consenso.

Diálogo com Lula 


A pouca diferença de horas entre as solenidades vai impedir a viagem de Zema a Brasília para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar disso, a ideia é conseguir uma relação pautada em bons termos. O Regime de Recuperação Fiscal é um programa de Estado, mas será preciso negociar, com os auxiliares econômicos de Lula, os detalhes do refinanciamento da dívida. Zema crê que o apoio dado a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição não vai interferir na atenção dada pelo Palácio do Planalto a Minas Gerais.



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