![Gabriel (ao centro) promete relação de diálogo com o prefeito Fuad Noman (dir.); à esquerda, o secretário de Governo Josué Valadão(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press - 12/12/22) Josué Valadão, Gabriel Azevedo e Fuad Noman](https://i.em.com.br/FU4QsbdOaOMUSYEYs8jovTn6VBE=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/01/01/1439239/josue-valadao-gabriel-azevedo-e-fuad-noman_1_57335.jpg)
Vão assumir seus cargos, também, os dois vice-presidentes da Casa, Juliano Lopes (Agir) e Wesley da Autoescola (PP). A diretoria da Câmara tem, ainda, Marcela Trópia (Novo) como secretária-geral, Ciro Pereira (PTB) como primeiro-secretário e Flávia Borja (PP) como segunda-secretária.
Eleito por um voto de diferença em pleito tumultuado ocorrido no início de dezembro, Gabriel vai substituir Nely Aquino (Podemos). Em fevereiro, a parlamentar assume mandato de deputada federal.
Um dos esteios da chamada "Turma do Chapéu", nome dado a uma antiga ala jovem do PSDB, Gabriel foi um dos coordenadores da campanha de Alexandre Kalil (PSD) à Prefeitura de Belo Horizonte em 2016.
A relação política deles, porém, foi marcada por idas e vindas. No ano passado, o vereador presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a gestão da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
Pacificar ambiente é desafio de novo presidente
Gabriel teve 21 votos na eleição interna da Câmara, ante 20 de Claudiney Dulim (Avante), que concorreu com o apoio do prefeito Fuad Noman (PSD). O vencedor conseguiu o triunfo após uma articulação que lhe cedeu o apoio do grupo de vereadores ligados ao deputado federal Marcelo Aro (PP).
A costura fez com que Juliano Lopes, cotado para concorrer com o aval de Aro, fosse o vice na chapa de Gabriel. Já um acordo para que o parlamentar do Agir substitua o colega na presidência ao fim do primeiro ano de gestão, que vai até 2024.
A eleição foi marcada por acusações de coação, bate-bocas ao microfone e empurra-empurra no plenário. O voto decisivo foi dado por Ramon Bibiano da Casa de Apoio (PSD). O fato dele pertencer ao partido do prefeito fez com que integrantes da base aliada a Fuad Noman esperassem apoio a Dulim. Bibiano, porém, embarcou no bloco pró-Gabriel.
O desafio do novo presidente será ajudar a serenar os ânimos das duas alas existentes na Câmara. Logo após ser eleito, Gabriel prometeu ouvir os 40 colegas sobre o que esperam de seu período à frente da Casa e garantiu diálogo com o poder Executivo.
"Vou trabalhar com o prefeito para resolver os problemas da cidade. Há um subsídio de ônibus que vence em duas semanas. Temos de tomar juízo com ele. Precisamos resolver (questões sobre) pobreza e saúde",disse.