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Discurso de Lula na posse terá críticas à 'herança de Bolsonaro'

Ao tomar posse para seu terceiro mandato presidencial, Lula também falará sobre os desafios à frente do governo, além de pregar a união e a pacificação do país


31/12/2022 15:59 - atualizado 31/12/2022 15:59

Lula
A redação final dos pronunciamentos estava restrita a poucos colaboradores de Lula (foto: EVARISTO SA / AFP)
Em seu primeiro discurso como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, 77, descreverá um cenário de dificuldades econômicas e sociais herdado das mãos de Jair Bolsonaro (PL), sem obrigatoriamente citar o nome de seu antecessor.

 

Ao tomar posse neste domingo (1º) para seu terceiro mandato presidencial, Lula também falará sobre os desafios à frente do governo, além de pregar a união e a pacificação do país.

 

A programação da posse prevê dois pronunciamentos: pouco depois das 15h no Congresso Nacional e às 16h45 no parlatório do Palácio do Planalto. Os discursos deverão ter duração de cerca de 15 a 20 minutos cada.

 

Às vésperas da cerimônia de posse, a redação final dos pronunciamentos estava restrita a poucos colaboradores de Lula, segundo os quais o texto ainda poderá sofrer mudanças. Aliados do presidente apostam na inclusão de seus habituais improvisos, especialmente no parlatório.

 

Leia: Posse de Lula: confira horários dos eventos do cerimonial e dos shows 

 

Há a possibilidade ainda de Lula dar uma declaração à noite, durante um dos shows do Festival do Futuro na Esplanada dos Ministérios -mas a decisão só será tomada no dia, após avaliação sobre as condições de segurança.

 

O discurso no Congresso Nacional, que ocorrerá logo após a assinatura do ato que o efetivará no cargo, será voltado a autoridades e terá caráter mais institucional. Lula tem dito em conversas com deputados que não quer cansar a audiência.

 

Segundo aliados, o presidente pretende exaltar a política como ferramenta para fortalecimento da democracia.

 

Aos parlamentares e demais autoridades no Congresso deverá seguir mais fielmente o texto redigido e enaltecer o respeito às instituições.

 

Ver galeria . 37 Fotos Imagens de 1° de janeiro de 2003, data da primeira posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da RepúblicaJOSE VARELLA/CB PRESS BRASILIA-01/01/2003 - RICARDO BORBA/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 - JEFFERSON RUDY/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 - DANIEL MADSEN/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 RONALDO DE OLIVEIRA/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 - 1/1/2003 (Agência Brasil)
Imagens de 1° de janeiro de 2003, data da primeira posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República (foto: JOSE VARELLA/CB PRESS BRASILIA-01/01/2003 - RICARDO BORBA/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 - JEFFERSON RUDY/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 - DANIEL MADSEN/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 RONALDO DE OLIVEIRA/CB PRESS BRASILIA 01/01/03 - 1/1/2003 (Agência Brasil) )
 

 

O presidente prometerá previsibilidade na condução da política econômica e reconquista de credibilidade internacional, evocando seus dois mandatos anteriores como prova de sua responsabilidade fiscal.

 

Leia: Mais de 10 mil agentes irão trabalhar na posse de Lula 

 

Ele afirmará ainda que o Brasil vai recuperar suas relações internacionais, o que contribuirá para a economia do país.

 

Para aliados, a descrição dos problemas deixados por Bolsonaro servirá para fundamentar a promessa de um futuro melhor. Ele deverá condenar, por exemplo, a política armamentista do atual chefe do Executivo para propor a paz.

Lula também deverá citar os níveis de desmatamento para estabelecer como meta a defesa do meio ambiente.

 

Já no discurso no parlatório, em que simbolicamente ele se dirige aos populares na Praça dos Três Poderes, Lula definirá como prioritária a retirada do Brasil do mapa da fome.

 

Tanto no Congresso como no parlatório, Lula deverá afirmar que o Brasil voltou a ter fome e que combater a miséria é sua prioridade. Segundo aliados, Lula apontará que a sociedade saiu dividida das eleições e pregará a reconciliação do país.

 

O petista foi eleito em 30 de novembro, no segundo turno, com 50,9% dos votos válidos contra 49,1% de Bolsonaro, uma diferença de 2,1 milhões de votos.

 

Desde então, apoiadores de Bolsonaro têm realizado protestos pelo país e inclusive acamparam em frente a quartéis militares questionando o resultado das urnas, em atos antidemocráticos com pedidos de intervenção das Forças Armadas.

 

Leia: Quintão traça planos para ajudar Lula a impulsionar Bolsa Família em 2023 

 

O discurso de posse ainda ocorrerá nove dias depois de um bolsonarista armar um explosivo em um caminhão em local próximo ao aeroporto de Brasília. O artefato foi encontrado e desativado pela polícia.

 

George Washington de Oliveira Sousa, o apoiador que planejou o atentado, disse em depoimento que a ideia era "dar início ao caos" que levaria à "decretação do estado de sítio no país", o que poderia "provocar a intervenção das Forças Armadas".

 

Diante dos acontecimentos, Lula criticará no Congresso ameaças à democracia e ressaltará a importância da política no processo de reconstrução do país.

 

O petista entregou 9 dos 37 ministérios a MDB, União Brasil e PSD, partidos de centro que não o apoiaram na eleição. O objetivo foi atraí-los para sua base de apoio no Parlamento.

 

Tanto em conversas reservadas como publicamente, Lula tem dito não ter "medo de escolher político" para sua equipe.

 

Ver galeria . 22 Fotos Imagens de 1/1/2007, data da segunda posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da RepúblicaAFP PHOTO EVARISTO SA - Gustavo Moreno/Especial para o CB- 01/01/2007 - Laycer Thomas/Agencia Camara - 01/01/2007 - Iano Andrade/CB - AFP PHOTO/ANTONIO SCORZA
Imagens de 1/1/2007, data da segunda posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República (foto: AFP PHOTO EVARISTO SA - Gustavo Moreno/Especial para o CB- 01/01/2007 - Laycer Thomas/Agencia Camara - 01/01/2007 - Iano Andrade/CB - AFP PHOTO/ANTONIO SCORZA )
 

 

"Porque sou daqueles que acha que, fora da política, a gente não encontra solução para quase nada neste planeta", afirmou o petista recentemente, numa prévia do discurso que deve adotar na posse.

 

Segundo aliados, Lula deve dizer nos discursos que começará o mandato com o Brasil em situação econômica e socialmente difícil; também falará sobre os desafios que enfrentará.

 

Deverá afirmar que o Brasil, no governo Bolsonaro, ficou posicionado como pária no mundo e que isso prejudica o país do ponto de vista econômico.

 

Um dos principais aspectos do discurso no Parlamento será a avaliação de que o governo dará foco às relações internacionais com vários países e que isso se refletirá em um ambiente favorável à atração de investimentos.

 

Lula condenará o discurso de ódio e fake news que predominou durante a campanha presidencial.

 

De acordo com aliados, o discurso será semelhante ao que ele fez quando ganhou a eleição. Naquele dia, Lula afirmou que "não existem dois Brasis" e prometeu trabalhar pela conciliação do país.

 

O petista não mencionou na ocasião o nome de Bolsonaro e defendeu ainda o retorno à normalidade democrática e a volta de políticas de combate à desigualdade social. Ele também colocou o combate à fome como prioridade.

 


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