
A vizinha registrou boletim de ocorrência ao qual a reportagem do Estado de Minas teve acesso. Segundo relato da vítima, de 55 anos, na noite dessa quarta-feira (21/12), uma pessoa tentou abrir, à força, a janela do apartamento dela. A Polícia Militar foi acionada, foi até o local, mas não encontrou nenhum suspeito.
Logo depois que os PMs foram embora, uma vizinha da vítima foi até o apartamento dela e mostrou uma mensagem que estava circulando no grupo de WhatsApp dos moradores do prédio. Nele, um morador, que é policial militar, de 45 anos, estava ameaçando quem votou em Lula na eleição de outubro deste ano.
“Quem votou em ladrão que se f*****; quem vota em ladrão tem que se f****; quem entrar nesse bloco morre”, escreveu o policial.
Na sequência, o PM foi até o lado externo do bloco e começou a gritar pela vizinha. Ela apareceu na varanda e começou a estender uma bandeira vermelha com o rosto de Lula. Segundo o boletim de ocorrência, neste momento o policial militar voltou a fazer ameaças.
"Não mede força comigo não. Quem manda nesse prédio sou eu, vagabunda. Fica votando em bandido e trazendo bandido aqui pro prédio! Chega na varanda...chega na varanda”, teria dito o PM.
Logo depois, o policial subiu até o andar do apartamento da vizinha e passou a esmurrar a porta dela, dizendo: “Quem manda nesse prédio sou eu”, e ordenando que ela retirasse a bandeira.
A mulher, com medo, ligou para a Polícia Militar. O policial fugiu do prédio e não foi encontrado pelos colegas da corporação.
A reportagem do Estado de Minas procurou a Polícia Militar e a Polícia Civil para saber se alguma medida seria tomada contra o policial acusado de fazer a ameaça. No entanto, até o fechamento da reportagem, nenhuma resposta foi enviada. Caso os órgãos se posicionem, o texto será atualizado.
