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Estado de Minas Cotidiano

MP-RS investiga falas discriminatórias de alunos de escolas particulares

A instituição vai investigar vídeos e mensagens de alunos de dois colégios particulares de Porto Alegre, com discursos de ódio contra apoiadores de Lula


05/11/2022 13:23 - atualizado 05/11/2022 15:33

Reprodução de live feita pelos alunos de colégios particulares de Porto Alegre
Alunos do Colégio Israelita fizeram com ofensas a nordestinos (foto: Reprodução/TikTok)
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Ministério Público do Rio Grande do Sul instaurou uma investigação sobre vídeos e mensagens de alunos de dois colégios particulares de Porto Alegre com falas discriminatórias e discurso de ódio contra apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As gravações envolvem estudantes do Colégio Farroupilha e do Colégio Israelita.

 

 

 

No Israelita, os estudantes fizeram uma transmissão com falas classistas, ofensas a nordestinos e ironias ao que dizem ser o estilo de vida de pessoas "pobres". No caso do Farroupilha, os alunos xingaram uma estudante bolsista que declarou apoio a Lula em um grupo de WhatsApp.

 

Em nota, o MP informou que expediu ofício cobrando dos dois colégios que informem, em até 48 horas, se têm conhecimento dos fatos e das medidas adotadas sobre o episódio. A Promotoria também cobrou a identificação dos alunos envolvidos.

 

O Ministério Público também encaminhou os casos ao Núcleo de Ato Infracional para ciência e adoção de medidas cabíveis das infrações cometidas pelos adolescentes. Também foram enviados ofícios para a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude para providências na esfera cível, em relação à exposição das imagens dos alunos e responsabilização dos pais ou responsáveis.

 

"Na área da Educação, pedimos aos colégios que nos informem oficialmente a identificação dos adolescentes em tese envolvidos nestes casos e quais medidas foram ou serão aplicadas. Depois da manifestação formal dos colégios, serão realizadas audiências extrajudiciais. Mas temos certeza de que atitudes como essas, que são graves, que nos chocam, devem ser punidas. As condutas dos adolescentes precisam ser responsabilizadas também pela área do ato infracional, bem como investigadas as condutas dos pais ou responsáveis", disse a promotora de Justiça Ana Cristina Ferrareze, responsável pela apuração.

 

Em nota, o Colégio Israelita Brasileiro disse que repudia as falas dos alunos e que elas não refletem os princípios do colégio.

 

"O discurso de ódio não será tolerado. Dentro da legislação e dos nossos regulamentos, serão aplicadas as penalidades cabíveis. No entanto, muito mais do que punir, sabemos que nosso papel é educar e formar seres humanos capazes de colaborar para a evolução da sociedade", disse a escola, que disse se comprometer a colocar em prática um "programa ativo de resgate das boas relações e da ética".

 

O Colégio Farroupilha classificou as falas de seus alunos como "conduta inaceitável" e que houve "imediata aplicação" das penalidades previstas no Código de Conduta da instituição - não é informado quais penalidades foram aplicadas.

 

"Lamentamos que o atual momento de tensionamento vivenciado pela sociedade reflita no ambiente escolar. Nessa perspectiva, nos comprometemos a trabalhar fortemente para que a boa convivência, o respeito às diferenças e a ética sigam priorizados em nossa prática pedagógica", escreveu o colégio.


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