A declaração foi dada durante a sabatina dos Diários Associados, na manhã desta quinta-feira (27/10).
"O perfil do meu ministro da Economia será o perfil de um cara que tenha muita inteligência política, será uma pessoa que tenha muito compromisso social. É uma pessoa que tem que pensar na responsabilidade fiscal, mas tem que pensar também na responsabilidade social", declarou Lula.
O petista ainda ressaltou que políticas voltadas aos cidadãos mais desfavorecidos, como os estudantes que ficaram dois anos sem estudar em razão da pandemia da COVID-19, os brasileiros que estão passando fome e sem moradia.
"É preciso criar uma política que envolva toda a sociedade, para a gente poder recuperar esse país e fazer as pessoas voltarem a acreditar. Eu digo sempre, tem três palavras cruciais para que o Presidente da República possa governar: primeiro tem que ter credibilidade junto à sociedade, quando ele falar a sociedade tem que acreditar que aquilo vai acontecer. O Bolsonaro não tem. Segundo, tem que garantir estabilidade política, econômica e jurídica. O Bolsonaro não garante nenhuma. Terceiro, tem que ter previsibilidade. O Bolsonaro não tem. A gente nunca sabe o que vai acontecer no dia seguinte", disparou.
Críticas a Bolsonaro
Lula disse que o governo Bolsonaro faz tudo de "surpresa", pois o presidente não conversa sobre economia, trabalho ou desenvolvimento. "Ele vive de fazer fake news, vive no seu cercadinho, e acorda de madrugada para contar mentira para a sociedade. O país não pode continuar assim. O país precisa voltar a ser um país democrático, as instituições funcionar", disse.
O petista ainda disse que irá conversar com o Congresso sobre o orçamento secreto, emenda parlamentar que foi bastante discutindo durante as eleições.
"Nós vamos conversar com o Congresso, discutir o que vamos fazer para voltar a normalidade. Não é normal Congresso querer administrar o orçamento, orçamento é administrado pelo Poder Executivo", declarou.