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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Meirelles: Governo acelerou o gasto. É preciso saber de onde virá dinheiro

Ex-presidente do Banco Central criticou gastos do governo Bolsonaro que, para ele, são "gastos eleitoreiros" disfarçados de "gastos sociais"


07/10/2022 11:40 - atualizado 07/10/2022 12:06

Por Vinícius Prates 
 
Henrique Meirelles
Henrique Meirelles acha que "gastos sociais" do presidente Jair Bolsonaro podem levar a uma crise econômica (foto: Reprodução)
O ex-ministro da Fazenda do governo Temer e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (União Brasil), questionou de onde o governo Jair Bolsonaro (PL) irá tirar dinheiro para arcar com as "bondades" econômicas anunciadas nos últimos dias. Meirelles alegou que Bolsonaro está usando a pauta "gastos sociais" como "gasto eleitoreiro disfarçado".

A declaração foi dada pelo ex-ministro, na manhã desta sexta-feira (7/10), nas redes sociais, quando Meirelles questionou o 

"É o terceiro anúncio de bondades com dinheiro público nos últimos dias. Antes foi anunciado o 13º para mulheres que recebem o Auxílio Brasil e a promessa de incluir mais 500 mil famílias. E ainda faltam mais de 20 dias para o segundo turno. Gastos sociais são essenciais. Mas, neste caso, o gasto é eleitoreiro e está disfarçado de social por causa da campanha", criticou o ex-presidente do Banco Central.

Para Meirelles é preciso saber de onde virá o dinheiro antes de sair propondo medidas que "agradam o eleitor", mas provocam uma crise econômica no futuro. 
 

"Vamos aos fatos. O governo acelerou o gasto. Há cerca de R$ 158 bilhões que não se sabe de onde virão. No total, o rombo para 2023 pode ser de R$ 430 bilhões, de acordo com o @FGVIBRE Como eu já disse antes, é preciso saber de onde virá o dinheiro. O dinheiro que agrada o eleitor e o político agora, provoca a crise no futuro. Este gasto excessivo vai provocar mais inflação, maior dívida, juros maiores e, no final, crescimento menor no futuro próximo", pontuou.
 

O ex-ministro, que está apoiando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, disse que há muitas cobranças para que Lula apresente um planejamento econômico mais elaborado no seu projeto de campanha, mas, para ele, não há o mesmo nível de cobrança quanto à "gastança do governo". 

"Eu vejo muita gente cobrando programa econômico das campanhas de Lula e Bolsonaro. No caso do @LulaOficial, vejo uma cobrança por programa com mais detalhes e até por equipe. Não vejo uma cobrança semelhante sobre essa gastança do governo, que será desastrosa para o país qualquer seja o presidente no ano que vem", declarou.
 
 

Meirelles ainda acredita que a perspectiva econômica para 2023 é de "crescimento quase zero e inflação ainda alta" e pontua que os gastos do governo Bolsonaro podem ser um agravante para a situação. 

"Como já escrevi no Estadão, 2023 será um ano desafiador. O mundo estará em recessão, com inflação em alta e uma guerra de forte impacto na economia que não se sabe até onde vai. O Brasil precisa recuperar a confiança do mercado internacional. A inflação está caindo e o PIB crescendo por medidas artificiais tomadas pelo governo. Mas a perspectiva para 2023 é de crescimento quase zero e inflação ainda alta. Com estes gastos, pode ser pior. Não é um bom caminho para recuperar confiança", opinou. 


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