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Estado de Minas FÓRUM ECONÔMICO

Bolsonaro: 'não deixamos de desempenhar papel de supridor de alimentos'

Declaração foi dada no Fórum Econômico Brasil & Países Árabes. Presidente disse, ainda, que mundo árabe é o terceiro maior mercado para o país no exterior


04/07/2022 22:36 - atualizado 04/07/2022 23:06

Bolsonaro discursa em vídeo gravado para o Fórum Econômico Brasil & Países Árabes
Presidente Jair Bolsonaro discursou em vídeo gravado para o Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, em São Paulo, nesta segunda-feira (foto: Fórum Econômico Brasil & Países Árabes/Reprodução)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (4/7) – em vídeo gravado para o Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, realizado em São Paulo – que seu governo tem assegurado o direito à alimentação dos brasileiros.

 

"Em um momento no qual a comunidade internacional busca soluções para garantir a segurança alimentar no mundo, o elo entre o Brasil e o mundo árabe se fortalece. Nem diante dos desafios impostos pela pandemia deixamos de desempenhar nosso papel de supridor de alimentos", declarou o chefe do Executivo.

 

 


A declaração de Bolsonaro, no entanto, contrasta com levantamento divulgado em 8 de junho pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

 

Conforme o estudo, o país tem cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente – quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020.

 

Logo, em números absolutos, são 14 milhões de pessoas a mais passando fome no país em dois anos.

 

Além disso, a edição recente da pesquisa mostra que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau – leve, moderado ou grave (fome).

 

“O país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”, ponderou a Rede Penssan.


Aliança econômica com o mundo árabe


 

Ainda durante o vídeo exibido no fórum, Bolsonaro disse que o mundo árabe constitui hoje o terceiro maior mercado para o Brasil no exterior, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

 

“A corrente de comércio entre o Brasil e os países da liga árabe alcançou, em 2021, mais de 24 bilhões de dólares – um recorde na série histórica. Esse número deve seguir aumentando. De janeiro a abril, as exportações do Brasil para o mundo árabe saltaram de US$ 4 bilhões, em 2021, para US$ 5,2 bilhões em 2022”, afirmou Bolsonaro, enfatizando que ele foi “o primeiro presidente brasileiro a visitar duas vezes, no mesmo mandato, a região do Golfo”.

 

Além do comércio de carnes de frango e bovina, crescem, segundo o presidente, as exportações de açúcar, soja e trigo.

 

“Por outro lado, 26% dos fertilizantes que abastecem o agronegócio brasileiro vêm do mundo árabe.”

 

Por fim, Bolsonaro também declarou que “os fundos árabes tornaram-se uma das principais fontes de capital no país”.

 

“Algumas estimativas apontam que este montante já se aproxima de US$ 20 bilhões. Nosso objetivo é concluir acordos com países árabes que facilitem negócios e evitem dupla tributação”, finalizou.

 

Discurso no mesmo tom na Cúpula das Américas

 

Em 10 de junho, durante discurso na Cúpula das Américas, em Los Angeles, Estados Unidos, Bolsonaro também falou sobre “segurança alimentar”.

 

Segundo ele, o Brasil alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo.

 

“Garantimos a segurança alimentar de um sexto da população mundial”, afirmou, na ocasião.


“O Brasil não apenas evitou uma crise alimentar ao garantir acesso a fertilizantes, mas também desempenhou um papel de liderança na busca de soluções internacionais em favor da segurança alimentar”, completou.

 

 


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