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Estado de Minas CHOCADA

Damares sobre estupro de menina yanomami: 'Acontece todo dia'

Ministra defendeu os indígenas e disse estar 'chocada' com o sumiço de toda uma tribo. Todos os 24 integrantes da aldeia permanecem desaparecidos


05/05/2022 18:05 - atualizado 05/05/2022 18:49

Damares Alves fala ao microfone de uma rádio
Damares Alves, ex-ministra, lamentou os casos de estupro contra meninas indígenas (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
A ex-ministra Damares Alves (Republicanos) comentou, nesta quinta-feira (5/5), a morte e estupro da menina yanomami. O caso está sendo investigado em Roraima.

Para a ex-ministra da Mulher e Direitos Humanos, “infelizmente, esse não é um caso isolado”.

“O estupro dessa menina nos chocou, como nos chocou o estupro da menininha lá entre os Guarani Kaiowá. Infelizmente, esse não é um caso isolado e a gente tem que se levantar como um todo no enfrentamento à violência contra meninas e mulheres indígenas”, disse.

LEIA TAMBÉM: 'Cadê os Yanomami': mistério do sumiço de aldeia indígena mobiliza redes

Depois que uma menina yanomami, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros que exploravam ilegalmente terras indígenas, todos os 24 indígenas da comunidade Aracaçá permanecem desaparecidos e suas casas foram encontradas queimadas.  

Damares relembrou a participação do garimpo no caso. De acordo com lideranças indígenas, o grupo teria comprado o silêncio das vítimas com ouro. Isso porque, sem nenhuma base de proteção permanente da Funai, o garimpo se mantém como o principal indutor da violência na região. 

“Esse caso traz a questão do garimpo, mas quero lembrar que os garimpos estão em terras indígenas há mais de 70 anos, de forma irregular, e são muitas as violências. Esse caso dessa menina causou essa repercussão toda, e isso é muito bom porque a gente ainda vai conversar muito sobre violência sexual contra crianças indígenas.”

A ex-ministra também afirmou que casos como esse “acontecem todos os dias”.

“A gente não pode ser pautada por um caso. Temos de ter a consciência de que a gente ter que enfrentar a violência como um todo em área indígena. E lamento, acontece todo dia. A gente vai ter que ter coragem de fazer esse enfrentamento”, disse.


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