
A apuração policial começou ainda no final de 2021, após uma professora procurar a delegacia para relatar que havia recebido ligações de supostos servidores do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro). Por telefone, os golpistas informaram à docente sobre a liberação de um precatório e a orientaram a entrar em contato com um número que seria do Núcleo de Precatórios do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). Após a vítima ligar para o suposto Núcleo, era orientada a fazer depósitos em contas bancárias para a liberação dos precatórios.
Os policiais identificaram outras dezenas de professores que também haviam caído no golpe. No começo de março, a diretora de Assuntos de Saúde do Trabalhador do Sinpro, Thaís Romanelli, foi uma das vítimas. Em entrevista concedida ao Correio na época, ela contou como o grupo agiu (leia a entrevista neste link).
Prisão
Na quinta-feira (10/3), os policiais da 23ª DP prenderam três dos integrantes da organização criminosa no Ceará. Segundo o delegado à frente do caso, Thiago Boeing, em 15 dias de investigação foram identificadas cerca de 400 ligações feitas pelos criminosos, as quais lhes renderam aproximadamente R$ 150 mil. “Na operação, apreendemos quatro notebooks e 13 aparelhos celulares, cartões bancários, chips de telefonia, entre outros”, afirmou.
Ainda de acordo com o investigador, desde o início de 2021 estima-se que as vítimas tenham sido lesadas em cerca de R$ 4 milhões. “As investigações prosseguem com análise dos bens apreendidos e medidas cautelares ainda em curso para identificar os demais integrantes da organização criminosa e o destino do proveito do crime”, finalizou Boeing.
