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Estado de Minas EX-DEPUTADO

PDT vai lançar Miguel Corrêa como pré-candidato ao governo de Minas

Partido busca palanque para Ciro Gomes em Minas Gerais e, se decidir por chapa própria, apostará no ex-petista


09/03/2022 16:51 - atualizado 09/03/2022 19:33

Miguel Corrêa, ex-deputado federal
Miguel Corrêa disputou o Senado pelo PT em 2018 (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press.)
O PDT se prepara para lançar a pré-candidatura do ex-deputado federal Miguel Corrêa ao governo de Minas Gerais. A decisão, segundo apurou o Estado de Minas, será oficializada nesta quinta-feira (10/3), em um evento na Região Oeste de Belo Horizonte. Ciro Gomes, presidenciável do partido, estará na capital mineira para prestigiar a solenidade.

A intenção de lançar Corrêa foi confirmada à reportagem por importantes fontes do círculo pedetista. Os trabalhistas buscam um palanque para Ciro no estado. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ainda é o favorito para ocupar o posto, caso ele resolva disputar o governo e caminhe com o PDT.

Miguel Corrêa, porém, pode ser opção para encabeçar uma chapa própria. Neste momento, a possibilidade de Kalil caminhar com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dificulta a composição com os pedetistas.

"O PDT entende que a apresentação de uma alternativa a Minas Gerais e ao Brasil é fundamental", disse o ex-parlamentar, ao ser procurado pela reportagem.

Ex-vereador de Belo Horizonte, Corrêa foi filiado ao PT por anos a fio. Em 2018, após encerrar o ciclo na Câmara dos Deputados, se candidatou ao Senado Federal, mas não foi eleito. Tentar a Câmara Alta do Congresso novamente não é opção descartada.

Ciro Gomes volta a Belo Horizonte menos de um mês após visitar Kalil. No evento desta quinta, ele participará de uma roda de conversa com influenciadores.

Desde janeiro, dirigentes pedetistas sinalizavam negociações com um nome que estava afastado da cena política. À época, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, confirmou tratativas do tipo, mas não quis dar pistas sobre o escolhido.

Ciro acenou a Kalil com aliança nacional

Quando esteve na Prefeitura de BH pela última vez, Ciro afirmou que Kalil era a prioridade do PDT em termos mineiros, mas afirmou que o partido pode, sim, optar por uma chapa própria, "puro-sangue". Apesar disso, disse querer disputar a eleição sustentado por uma aliança ampla."Espero muito ir [à eleição] com mais gente. Porque a tarefa não é propriamente ganhar a eleição, mas governar o Brasil".

Ao acenar a Kalil, Ciro ressaltou que as conversas têm que ser conduzidas com muito respeito, porque o PSD deseja ter candidatura própria à presidência da República. Um dos cotados é Rodrigo Pacheco (MG), presidente do Congresso Nacional.

"Eu não seria, por mais desejo que tenha, indelicado de constranger Kalil tendo, o partido dele, uma [pré] candidatura. Apenas disse que como Reinaldo, o rei do Atlético, estou na área pedindo a bola, para ver se a gente ajuda o Brasil a mudar de caminho", assinalou o ex-ministro da Integração Nacional.

Mesmo antes da visita de Ciro, políticos do PDT já admitiam publicamente a possibilidade de o partido precisar pavimentar estrada própria em Minas. Os nomes do deputado federal Mário Heringer, presidente estadual da agremiação, e de Duda Salabert, vereadora de BH, chegaram a ser aventados.

PT pode embolar disputa e forçar chapa própria do PDT em Minas

Em que pese a união entre Kalil e Ciro na eleição de 2018, o quadro para o pleito deste ano ainda está indefinido. A coalizão de partidos à esquerda, liderada pelo PT e engrossada por PSB, PCdoB e PV, não descarta apoiar o prefeito de BH caso ele resolva enfrentar Romeu Zema (Novo).

Para viabilizar a aliança, porém, Kalil teria que se dispor a estar ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. A mesa de negociações deve ter, ainda, o desejo dos petistas de ter o candidato da chapa ao Senado. Neste momento, o nome do deputado federal Reginaldo Lopes é o mais forte.

"Ele [Reginaldo] colocou sua disposição de ser candidato ao Senado pelo PT e pela federação, caso seja o entendimento desses partidos mais adiante. Se a federação for dialogar no sentido da aliança ampla, inclusive de apoio a Kalil, essa seria uma das questões colocadas na negociação. É uma forma de a federação participar [da chapa]", expôs o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do PT mineiro.

Ontem, o senador Alexandre Silveira, presidente estadual do PSD, assegurou que, a despeito das especulações, Kalil está centrado nas demandas belo-horizontinas.

"Alexandre Kalil está na prefeitura de Belo Horizonte e tem dito em alto e bom som que enquanto estiver sentado na cadeira de prefeito está preocupado com os belo-horizontinos. É claro que toda vez que nos encontramos surgem conversas políticas em torno das projeções, o que pode ter este ano". Silveira, aliás, tem a expectativa de ser o escolhido para disputar o Senado na chapa do PSD.

Disputa polarizada, mas com distância entre líderes


Paralelamente aos debates sobre a montagem do eventual palanque, interlocutores do PT acreditam que a conjuntura atual, em que Zema aparece com larga vantagem sobre Kalil nas sondagens eleitorais, pode empurrar o prefeito de BH para o lado de Lula. A avaliação é que a união ao ex-presidente seria a via mais adequada para encurtar a distância.

No mês passado, o Instituto F5 Atualiza Dados, a pedido do EM, mostrou que Romeu Zema tem 46,8% das intenções de voto, contra 17,4% de Kalil. O terceiro colocado é o deputado André Janones, com 7,3%. O senador Carlos Viana (MDB) soma 3,7%. 


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