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Estado de Minas DESPEDIDA

Barroso sobre voto impresso: 'Discussão desnecessária. Retrocesso'

Ministro discursou durante despedida da presidência do TSE, nesta quinta-feira (17/2)


17/02/2022 15:03 - atualizado 17/02/2022 15:51

Barroso gesticula com as mãos ao falar sobre voto impresso
Ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (foto: Antonio Augusto/secom/TSE)
O ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacou  a discussão acerca do voto impresso durante discurso feito na cerimônia de despedida da presidência do TSE, nesta quinta-feira (17/2).
 
 
A adoção do voto impresso é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o chefe do Executivo federal, as urnas eletrônicas não são seguras. Ele aponta que a eleição de 2018, na qual ele foi eleito em segundo turno, foi fraudada. Para Bolsonaro, ele foi eleito ainda em primeiro turno. 


"Boa parte do ano de 2021 foi gasto com uma discussão desnecessária, que significaria um retrocesso, a volta do voto impresso. O sistema é seguro, transparente e auditável", afirmou.
 
Para Barroso, "felizmente" a Câmara rejeitou a proposta do voto impresso, considerada pelo presidente do TSE um "retrocesso". "A rediscussão requentada do assunto só tem por finalidade tumultuar o processo eleitoral", disse.

Ainda de acordo com Barroso, a revolução tecnológica permitiu que qualquer pessoa pudesse expressar ideias, opiniões e disseminar notícias em um mundo digital. Por isso, ele ressaltou que o combate e a verificação de dados se tornaram algo essencial no século XXI.
 

"O TSE montou uma estratégia de guerra para combater a desinformação na campanha de 2020. E nunca precisamos tanto do jornalismo profissional. [...] A imprensa profissional é um dos antídotos contra esse mundo da pós-verdade e dos fatos alternativos, disfarces para mentiras e as notícias fraudulentas", acrescentou.

Em meio à polarização política, Barroso ainda defendeu a liberdade dos brasileiros. "A liberdade de expressão é muito importante e precisa ser protegida, inclusive contra os que a utilizam para destruí-la juntamente com a destruição da democracia. O ódio, a mentira e as ameaças não são protegidas pela liberdade de expressão porque se destinam a silenciar a expressão dos outros", declarou Barroso.


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