
"O grande problema da Cemig, temos que lembrar, é a falta de energia para o mineiro. Sobre isso é que deveria ter sido instalada uma CPI talvez há seis ou oito anos. O que mais vejo, em Minas Gerais, são empresas movidas a geradores por não terem energia", disse, após evento com prefeitos, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.
Zema voltou a garantir que os dados da companhia estão abertos a todo exame que os parlamentares julgarem necessário, mas, mais uma vez, reclamou de investimentos passados da companhia em outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro.
"Se houve alguma irregularidade, que seja apurada e o responsável tenha de dar esclarecimentos ou (seja) punido de acordo com a lei", pediu.
Sub-relator da CPI diz que atuação do Novo na Cemig é clara
Segundo o vice-presidente e sub-relator da CPI, Professor Cleiton (PSB), a atuação do Novo na Cemig é evidente. "A cada dia que passa, fica mais claro que estão usando a Cemig para fazer negócios, beneficiando membros ativos do partido, tanto em MG, mas principalmente em SP", afirmou ele, ao Estado de Minas, em entrevista publicada nesta segunda.Em debate, está o fato de a Cemig ter contratado uma empresa com ligações ao partido Novo, a Exec, para promover o processo seletivo que culminou, no início de 2020, na escolha de Reynaldo Passanezi para a presidência da estatal. A Exec ajudou, por exemplo, a recrutar os secretários do governo Zema.
Conforme apontou a CPI, a primeira proposta enviada pela Exec à Cemig, quando a energética buscava empresas para conduzir o processo seletivo de um novo presidente, foi enviada a um dirigente do Novo sem qualquer ligação com a estatal.
Romeu Zema tem defendido constantemente que os deputados estaduais apurem possíveis irregularidades em gestões anteriores da Cemig.
