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Estado de Minas EM SÃO PAULO

Bolsonaro: 'Tudo que falo se volta contra mim como se eu fosse um genocida'

Ao defender estudos em torno da proxalutamida para tratar a COVID-19, presidente voltou a criticar medidas restritivas e pediu tratamento precoce


18/07/2021 11:19 - atualizado 18/07/2021 11:44

Presidente deixou hospital em SP neste domingo (18)(foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)
Presidente deixou hospital em SP neste domingo (18) (foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, neste domingo (18/7), que todas as suas falas são interpretadas como declarações de um "genocida". Ele emitiu a declaração em São Paulo (SP), ao deixar o hospital em que estava internado há quatro dias por causa de uma obstrução intestinal.

Bolsonaro pediu "coragem" na busca por soluções para a COVID-19 e projetou pedir, ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um estudo sobre a eficácia da proxalutamida no combate à doença. O medicamento, um anti-androgênico, é usado em quadro de cânceres como o de próstata e o de mama.

"Amanhã 'pego' o Queiroga. Quero um estudo sobre a proxalutamida. Estou três meses atrasado. Tudo o que falo se volta contra mim como se eu fosse um genocida. Como se só no Brasil morresse gente", disse.

O presidente garantiu que autorizaria sua mãe, Olinda, de 94 anos, a ser tratada com a proxalutamida caso apresentasse quadro avançado da infecção viral.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro defende abertamente o uso de remédios sem comprovação científica para conter o coronavírus, como a hidroxicloroquina. A substância compõe um coquetel de "tratamento precoce" equivocadamente alardeado por integrantes do governo federal.

Segundo o chefe do Palácio do Planalto, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, conduzida pelo Senado Federal, deveria se debruçar sobre as possibilidades de cura para a doença.

"A CPI daqui fica o tempo todo me acusando de corrupto por algo que não comprei e não paguei", protestou, em relação aos supostos casos de ilicitudes na aquisição de vacinas apurados pelos parlamentares.

'Não errei nenhuma'

O presidente voltou a valorizar o auxílio emergencial. Embora a proposta tenha sido originalmente sugerida por integrantes do Legislativo, deu a entender tratar-se de trabalho exclusivo do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ele aproveitou a presença de jornalistas para atacar políticas cientificamente comprovadas para barrar a virose, como as restrições de circulação. Segundo Bolsonaro, o aumento no preço de itens da cesta básica, como arroz e feijão, é fruto das medidas adotadas por governadores e prefeitos.

"É lógico que aumentou de preço. Estimularam todo mundo a ficar em casa. É muito fácil fechar São Paulo. E daí? Como fazer com o pessoal que trabalha de manhã para almoçar à noite? 'Se vire, eu estou cuidando da sua vida'? Fome também mata. Fecharam escolas. Eu não errei nenhuma", falou, após mencionar o governador paulista, João Doria (PSDB).


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