Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Aras recebe primeira dose da vacina contra COVID-19 em Brasília (DF)

Aos 62 anos, o procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu neste sábado, 24, a primeira dose da vacina contra a COVID-19. O chefe do Ministério Público Federal foi imunizado no posto drive-thru da Torre de TV, em Brasília, com a vacina de Oxford/AstraZeneca, que exige um período de intervalo de três meses antes da segunda dose.





Alinhado ao Palácio do Planalto, o atual procurador-geral da República é um dos cotados para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal em julho, com a aposentadoria do decano Marco Aurélio Mello. Na Suprema corte, seis ministros já foram vacinados contra a COVID-19: Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux e Gilmar Mendes.

Em dezembro do ano passado, o Supremo decidiu a favor da vacinação obrigatória contra o novo coronavírus, sem que isso signifique uma imunização à força. Na prática, Estados e municípios terão autonomia para definir sanções contra quem não tomar a vacina, desde que sejam medidas razoáveis e amparadas em leis.

Na ocasião, Aras se manifestou no sentido de que a vacinação obrigatória se sobrepõe à liberdade do cidadão em se recusar a se vacinar, pois a medida visa não apenas a proteção individual, como também a de outras pessoas. O PGR destacou que a atuação do Estado para garantir a imunização não pode ultrapassar a adoção de normas legais - ou seja, não se pode obrigar ninguém a se vacinar à força. Tal foi o entendimento firmado pelo STF.



Em outro parecer sobre o mesmo assunto, o chefe do MPF defendeu ainda a competência de Estados para determinar a vacinação obrigatória contra covid-19 em caso de 'inação' do governo federal.

Bolsonaro foi contrário à decisão do STF na época, chegando a afirmar que uma vacina 'experimental' não poderia ser obrigatória. Além disso, argumentou que não haveria imunizantes para toda a população e, por isso, não seria possível aplicar medidas restritivas a quem não se vacinasse. Ele reiterou que da parte do governo federal não haveria restrições. "Não tem medida impositiva no ano que vem, zero, porque não tem vacina para todo mundo", disse em transmissão ao vivo nas redes sociais no dia 17 de dezembro de 2020.

Desde então, o presidente e aliados adequaram seus discursos para um tom mais favorável aos imunizantes, que agora são vistos pelo chefe do Executivo como a alternativa para vencer a crise sanitária e retomar a economia. Apesar disso, Bolsonaro tem dito que será o 'último' a se vacinar, mesmo que a imunização já esteja disponível para sua idade, 66 anos, no DF.

 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.





Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

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Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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