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Estado de Minas GOVERNO DE MINAS

'Fura-filas' no governo de MG: Zema decide manter secretário de Saúde

Carlos Eduardo Amaral e cerca de 500 servidores da Saúde fora do grupo prioritário foram vacinados contra a COVID-19


11/03/2021 11:42 - atualizado 11/03/2021 13:44

Carlos Eduardo Amaral está como secretário de Saúde desde fevereiro de 2019(foto: Gil Leonardi/Governo de Minas)
Carlos Eduardo Amaral está como secretário de Saúde desde fevereiro de 2019 (foto: Gil Leonardi/Governo de Minas)
Após reunião na manhã desta quinta-feira (11/03), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decidiu manter o secretário de Saúde Carlos Eduardo Amaral no posto, ao menos em um primeiro momento. O encontro a portas fechadas foi marcado após denúncias de casos de “fura-filas” da vacinação contra a COVID-19 entre servidores da pasta.

O Estado de Minas entrou em contato com a Secretaria de Saúde, que confirmou a informação. Nessa quarta-feira (10/03) Zema afirmou que iria determinar abertura de investigação interna sobre o caso.

“Desde as primeiras informações sobre a vacinação de servidores estaduais fora dos grupos prioritários, determinei a imediata abertura de investigação pelos órgãos de controle interno do Estado para apurar possíveis irregularidades. Tudo deve ser esclarecido o mais rápido possível para prestação de contas e eventual punição de responsáveis. No mesmo sentido, determinei o envio imediato à Assembleia Legislativa a lista de todos os servidores da Secretaria de Saúde que foram vacinados”, afirmou, em publicações nas redes sociais.

O caso dos “fura-filas” no governo veio à tona na última terça-feira (09/03), após veiculação de uma reportagem da Record TV/Portal R7. A informação é de que, além do secretário de Saúde, cerca de 500 servidores da pasta fora dos grupos prioritários receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19. A pressão pela saída de Carlos Eduardo Amaral deve somente aumentar.

Nessa quarta, Carlos Eduardo Amaral admitiu, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que foi um dos servidores que tomaram a vacina contra o novo coronavírus. Amaral está no cargo desde fevereiro de 2019, ao substituir Wagner Eduardo Ferreira, que pediu para sair para tratar assuntos particulares.

A denúncia gerou revolta dos deputados estaduais. Os parlamentares se organizaram e devem instalar nos próximos dias uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar os servidores da Secretaria de Saúde que receberam a vacina contra o coronavírus.

Além da questão ligada aos imunizantes aplicados em funcionários do governo, a CPI quer informações sobre o montante de recursos aplicados pelo governo nas ações de combate à COVID-19.

A ideia é ter detalhes sobre questões como o número de leitos contratados para ampliar o combate ao vírus. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também está apurando a aplicação de vacinas nos servidores da saúde.

Em Minas Gerais, segundo dados divulgados nesta quinta pelo governo, 946.556 pessoas já foram infectadas pela COVID-19. Dessas, 20.087 morreram, 861.434 conseguiram se recuperar do vírus e outras 65.035 seguem em acompanhamento. O número de vacinados contra o coronavírus no estado é de 765.338, com 368.350 mineiros tendo recebido a segunda dose.


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