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Estado de Minas COVID-19

Bolsonaro questiona uso de máscara: 'Ainda vai ter um estudo sério sobre a efetividade. Último tabu a cair'

Presidente sancionou lei que obriga uso de máscara em julho deste ano


26/11/2020 20:00 - atualizado 26/11/2020 20:37

Jair Bolsonaro questionou o uso de máscaras(foto: Sergio Lima/AFP)
Jair Bolsonaro questionou o uso de máscaras (foto: Sergio Lima/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas feitas para tentar controlar a pandemia de COVID-19. Em live na noite desta quinta-feira (26/11), o presidente disse que tudo que falou desde o inicio da pandemia foi estudado.

Por diversas vezes, o presidente foi contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), como o isolamento social, o uso de máscara e a recomendação para tomar hidroxicloroquina. "Eu costumo dizer que eu não chutei nada, eu estudei", afirmou.

Bolsonaro voltou a defender o uso da hidroxicloroquina, mesmo com diversos estudos já tendo comprovado que o remédio não tem eficácia no tratamento da covid-19.

"Zombaram de mim, me chamaram de capitão cloroquina, mas não apresentavam alternativa. A hidroxicloroquina foi usada há mais de 50 anos no Brasil. Quando fui acometido, disseram que eu tomava porque por duas vezes por dia eu fazia eletrocardiograma. Mentira", disse. "Eu não quero me vangloriar. Era ciente da minha responsabilidade", completou.

O presidente também insinuou que o uso de máscara não teria eficácia para evitar a doença. Diversos estudos atestam que a máscara é uma medida que reduz os riscos de infecção e é uma das recomendações da OMS para conter o avanço da doença. "A questão da máscara... não vou falar muito, porque ainda vai ter um estudo sério falando sobre a efetividade da máscara. O último tabu a cair", disse.

Em diversos eventos públicos, Bolsonaro tem aparecido sem o uso da proteção facial, mesmo sendo lei sancionada por ele. A Lei 14.019/2020 foi sancionada no dia 2 de julho e é uma das medidas de combate à pandemia de COVID-19.

É obrigatório usar máscaras cobrindo a boca e o nariz nos veículos de transporte por aplicativos, táxis, ônibus, trens, aeronaves ou embarcações de uso coletivo fretados. Também ficou obrigatório o uso nos estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, escolas, unidade prisionais e de cumprimento de medidas socioeducativas, e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas.

O presidente aproveitou para comentar sobre o segundo turno das eleições, que será neste domingo (29/11). A maioria dos candidatos apoiados por Bolsonaro perdeu ainda em primeiro turno. Dos seis apoiados a prefeituras de capitais somente Capitão Wagner (Pros), em Fortaleza, e Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio de Janeiro, ainda estão na disputa.

"Tem prefeitos que já estão falando em novo lockdown. Agora é tarde para prefeito que foi reeleito, o que tá na cabeça dele, eu fiz certo, vou fazer de novo. Pode mudar isso onde tem segundo turno. Da tempo de você ver isso. Ver o partido que ele está e o partido que ele está coligado", afirmou.

Sem citar nomes de candidatos que está apoiando no segundo turno, Bolsonaro ainda falou sobre a situação de São Paulo. Na cidade, estão no segundo turno Bruno Covas (PSDB), aliado de João Doria (PSDB) adversário político do presidente, e Guilherme Boulos (PSol).

"Em São Paulo, meu candidato perdeu. O Covas declarou que não votou em mim no segundo turno, então ele votou no Haddad, e outro cara do PSol é conhecido. Não vou dar dica", declarou.


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