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Estado de Minas OPERAÇÃO

Caso Queiroz: PF fará nova investigação após denúncia de Marinho

À Folha de S. Paulo, suplente do senador Flávio Bolsonaro revelou que ele sabia da operação que investigou um de seus ex-assessores


postado em 17/05/2020 19:34

Queiroz foi exonerado do cargo por Flávio Bolsonaro em 15 de outubro de 2018, duas semanas antes do segundo turno das eleições presidenciais (foto: Reprodução/Instagram)
Queiroz foi exonerado do cargo por Flávio Bolsonaro em 15 de outubro de 2018, duas semanas antes do segundo turno das eleições presidenciais (foto: Reprodução/Instagram)
A Polícia Federal abrirá nova investigação para apurar informações relativas à Operação Furna da Onça, que investiga desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e culminou na prisão de vários parlamentares em novembro de 2018. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o empresário e suplente do Senado, Paulo Marinho, revelou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi avisado com antecedência sobre a deflagração da operação, que teve um dos alvos Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
 
Queiroz é acusado de comandar um esquema de “rachadinha” operado no gabinete de Flávio, à época deputado estadual fluminense. De acordo com Paulo Marinho, hoje pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB, Flávio Bolsonaro foi avisado da operação justamente por um delegado da Polícia Federal que apoiava à candidatura de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. 

A partir daí, os policiais teriam retardado o início das investigações para depois da corrida eleitoral. Ainda de acordo com o empresário, o delegado responsável por antecipar a 'Furna da Onça' aconselhou o parlamentar a demitir Queiroz e a filha dele, Nathalia, da Alerj. As exonerações ocorreram em 15 de outubro, cerca de duas semanas antes do segundo turno. A operação, por sua vez, foi deflagrada em dezembro

No dia 13 daquele mês, Flávio procurou Paulo Marinho em sua casa — imóvel que sediou o clã dos Bolsonaro durante a campanha de 2018 — para pedir a indicação de um advogado criminalista, visto que temia ser atingido por desdobramentos das investigações.

O então senador eleito classificou na época os supostos atos de Queiroz como uma “traição.” “Dizia que tudo aquilo tinha sido uma grande traição, que se sentia muito decepcionado e preocupado com o que esse episódio poderia causar ao governo do pai”. 

Em comunicado, a Polícia Federal garante que as investigações feitas na época não tiveram qualquer irregularidade: “A Polícia Federal se notabilizou por sua atuação firme, isenta e imparcial no combate à criminalidade, dentro de suas atribuições legais e constitucionais (…) Esclarece-se, ainda, que sobre suposto vazamento de informações na operação "Furna da Onça", foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado”.

Por sua vez, Flávio Bolsonaro, em nota, criticou a revelação feita por Marinho à Folha, dizendo que ele agiu por interesses políticos: “O desespero de Paulo Marinho causa um pouco de pena. Preferiu virar as costas a quem lhe estendeu a mão. Trocou a família Bolsonaro por Dória e Witzel, parece ter sido tomado pela ambição. É fácil entender esse tipo de ataque ao lembrar que ele, Paulo Marinho, tem interesse em me prejudicar, já que seria meu substituto no Senado. Ele sabe que jamais teria condições de ganhar nas urnas e tenta no tapetão. E por que somente agora inventa isso, às vésperas das eleições municipais em que ele se coloca como pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, e não à época em que ele diz terem acontecido os fatos, dois anos atrás? Sobre as estórias, não passam de invenção de alguém desesperado e sem votos”.
 

Veja a íntegra da nota da Polícia Federal 

 

A Polícia Federal esclarece, em relação à matéria "PF antecipou a Flávio Bolsonaro que Queiroz seria alvo de operação", na edição on line da Folha de SP, na data de ontem (16/5), o que segue:


A Polícia Federal se notabilizou por sua atuação firme, isenta e imparcial no combate à criminalidade, dentro de suas atribuições legais e constitucionais.


A matéria jornalística em questão aponta a eventual atuação em fatos irregulares, de pessoa alegadamente identificada como policial federal, no bojo da denominada operação "Furna da Onça".


A referida operação policial foi deflagrada no Rio de Janeiro em 08/11/2018, tendo os respectivos mandados judiciais sido expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2° Região, por representação do Ministério Público Federal, em 31/10/2018, portanto, poucos dias úteis antes da sua deflagração.


Esclarece-se, ainda, que notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na operação "Furna da Onça", foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado.


Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje, a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados.


  



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