
A assinatura deve sair ainda no começo da próxima semana. Médicos do próprio ministério da Saúde que são favoráveis ao uso do medicamento, mesmo sem os comprovação científica da eficácia, já elaboram o texto em conformidade com a vontade de Bolsonaro. Caberá a Pazuello assiná-lo.
A negativa de Nelson Teich perante a assinatura do protocolo foi um dos motivos a determinar a saída dele do Ministério da Saúde. Um médico de carreira poderia não querer assumir e correr o risco de responder a processo junto ao Conselho Federal de Medicina.
No entanto, a expectativa é que, diferentemente da saída de Mandetta, não haja reformulação de toda a equipe técnica. Desde a troca de Mandetta, há um desconforto interno que se acentuou com a entrada de uma dezena de militares.
Enquanto parte da equipe se adequa e aprende a trabalhar sob a disciplina militar, outros veem com maus olhos a interferência, interpretando como uma espécie de bode espiatorio dos interesses políticos, ainda que esses se sobreponham às avaliações técnicas e científicas.
