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Estado de Minas MUDANÇA NO PROTOCOLO

Bolsonaro defende uso indiscriminado da cloroquina e anuncia conversa com Teich

Presidente disse que os ministros devem estar ''afinados'' com ele e anunciou uso de cloroquina não só para casos graves da COVID-19


postado em 13/05/2020 10:56 / atualizado em 13/05/2020 12:38

(foto: Isac Nóbrega/PR)
(foto: Isac Nóbrega/PR)

Depois de não avisar o ministro da Saúde, Nelson Teich, de que assinaria decreto considerando serviços essenciais academias, salões de beleza e barbearias, o presidente Jair Bolsonaro ( sem partido) demonstrou, nesta quarta-feira (13), que o desempenho de Teich não está sendo bem avaliado. "Todos os ministros têm que estar afinados comigo", afirmou o presidente, sinalizando o seu descontentamento com Teich.

Em entrevista à imprensa, na portaria do Palácio da Alvorada, o presidente disse que vai conversar hoje com o ministro para alterar portaria sobre o uso da cloroquina no tratamento da COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Bolsonaro quer que a droga seja usada desde o início do tratamento,em vez de apenas nos casos graves, conforme portaria divulgada ainda na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

Há alguns dias, Teich, a exemplo de Mandetta, da Organização Mundial de Saúde (OMS), e cientistas mundo afora envolvido com a pesquisa do medicamento cloroquina e hidroxicloroquina - usadas no tratamento de doenças autoimune, lúpus, por exemplo, e malária-, disse que não há comprovação científica sobre a eficácia do remédio no tratamento da COVID-19.


Sem evidência Científica


No dia 23 de abril passado, Teich, depois de reunião com o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, disse que só recomendaria a Hidroxicloroquina quando houver  ''evidência científica'' sobre o seu uso no tratamento da COVID-19.

O ministro ressaltou ainda que é preciso prescrição médica em alguns casos, apenas para os diagnosticados como graves, pois os efeitos colaterais são muito severos, entre ele arritmias cardíacas, infartos, lesões nos rins, entre outros efeitos podem representar risco à saúde e levar até a morte.

"Recomendação depende de estudo científico sólido”, frisou Teich, após se encontrar com o presidente do CFM.

Placebo


De acordo com o presidente, conforme declarou hoje, a cloroquina pode ser considerada "placebo, para alguns". "Pode ser. Você não sabe. Pode não ser também", afirmou.


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