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Estado de Minas

Vereadores de Santa Luzia registram boletim de ocorrência contra prefeito por suposta ameaça

Processo pelo impeachment de Christiano Xavier (PSD) tramita na Câmara desde 6 de agosto


postado em 02/09/2019 16:22 / atualizado em 02/09/2019 16:32

Christiano Xavier atacou os vereadores que compõem a Comissão Processante(foto: Reprodução/Facebook Delegado Christiano Xavier)
Christiano Xavier atacou os vereadores que compõem a Comissão Processante (foto: Reprodução/Facebook Delegado Christiano Xavier)
A situação política de Santa Luzia, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, segue instável. Os vereadores Sandro Coelho (PSDB), Vagner Guiné (PMDB) e César Lara Diniz (PCdoB) registraram, nesta segunda-feira, um boletim de ocorrência contra o prefeito Christiano Xavier (PSD), que pode sofrer impeachment até o fim de outubro. Os parlamentares acusam o chefe do Executivo de ameaçá-los.

Presidente da comissão processante que investiga Christiano, Sandro Coelho disse que, além do registro de um boletim de ocorrência, o Ministério Público será acionado. “Essa atitude dele é descabida, mas é o cargo de delegado, parece que não saiu dele. Os outros dois vereadores (César Lara e Vagner Guiné) também estão intimidados, vamos fazer um boletim de ocorrência e vamos ao Ministério Público para denunciar que estamos sendo coagidos pelo prefeito”, disse ao Estado de Minas.

Sandro completou: “Estamos sendo ameaçados, é algo bem anormal o que está sendo feito. Mesmo porque isso é um serviço que a Câmara tem que cumprir, e fomos sorteados para integrar a comissão. Analisamos apenas, não julgamos nada ainda. A partir de sexta-feira, vamos deliberar que a defesa dele terá que começar a apresentar”.

No último sábado, Christiano fez uma live no Facebook no qual rebateu a decisão da Comissão Processante em seguir com as investigações depois do relatório, já apresentado a todos os parlamentares. O prefeito é acusado de cometer irregularidades na administração. Durante o vídeo, ele critica os três vereadores e pede que a votação para abertura do processo de impeachment se dê “às 17h ou 18h” para ele estar presente.

“Montaram uma tal de Comissão Processante de três vereadores (Sandro, Vagner e César): um deles é o Sandro, que perdeu a eleição para a gente e está aí tentando de tudo, em um ato de desespero, ganhar na tora, na rasteira política. E politicagem a gente sabe como é no Brasil e principalmente em Santa Luzia”. Em outro momento, Christiano disse: “Já que querem guerra, vamos para a porrada, vamos para o confronto, vamos para o pau então. Aqui não tem medo de nada não. Estamos aqui para trabalhar pela cidade e acabar com esses vagabundos na política de Santa Luzia”.

Em nota, a prefeitura disse que “o prefeito de Santa Luzia, delegado Christiano Xavier, não%u200B concorda em ver uma comissão de impeachment formada apenas por adversários políticos. Ainda hoje (segunda-feira), o chefe do Executivo registrou um boletim de ocorrência, referente a ofensas que recebeu de um dos parlamentares que compõem a comissão. Encerra, alegando que em sua live apenas solicitou que a votação referente ao processo de impeachment ocorra fora do horário comercial, "para que tanto ele quanto a população possam acompanhar”.

Entenda o caso


A denúncia que pode levar ao afastamento de Christiano foi aprovada em plenário da Câmara em 6 de agosto. O “sim” venceu por 10 votos a 5. Quem apresentou a representação contra o chefe do Executivo foi o advogado Abraão Gracco, o mesmo que pediu o impeachment da ex-prefeita Roseli Pimentel (PSB), em novembro de 2017 (ela renunciou ao cargo em maio de 2018).

Na denúncia, o advogado defende que Christiano descumpriu a Lei Orgânica ao infringir três normas: ausentar-se do país sem autorização, desrespeitar decreto de calamidade financeira e não aplicar verbas públicas destinadas à saúde. Um dia depois da aprovação do relatório que pede sua cassação, o prefeito disse que a acusação era “um grande circo”, “uma palhaçada” e que a gestão age com “transparência, dentro dos aspectos da regularidade, com pareceres fortes e embasados por nossa procuradoria”.


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