(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Deputados rejeitam novos voos no aeroporto da Pampulha

Possibilidade de liberação de pouso de aviões de grande porte no aeroporto de BH mobiliza parlamentares mineiros, que decidiram cobrar uma posição do Ministério da Infraestrutura


postado em 23/06/2019 06:00 / atualizado em 23/06/2019 07:52

Aeroporto da Pampulha opera com 10% de sua capacidade e registra prejuízos superiores a R$ 20 mi por ano(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 22/6/16)
Aeroporto da Pampulha opera com 10% de sua capacidade e registra prejuízos superiores a R$ 20 mi por ano (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 22/6/16)
Uma nova possibilidade de retomada de voos de grande porte no aeroporto da Pampulha, que chegou ao conhecimento dos parlamentares mineiros nesta semana, levou deputados federais e estaduais a se mobilizarem mais uma vez para tentar barrar a retomada das atividades. O assunto foi levado ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que garantiu ao coordenador da bancada federal, deputado Diego Andrade (PSD), que não tomará nenhuma medida definitiva sem antes ouvir os deputados.
O Ministério da Infraestrutura confirmou ao Estado de Minas que a possibilidade de volta dos voos para a Pampulha está sendo estudada pelas equipes técnicas da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero, empresa que administra os aeroportos, mas disse que “por enquanto não há uma posição definitiva”.

Para os deputados, no entanto, chegou a informação de que a autorização para a volta dos voos ocorreria nos próximos dias. “Soubemos que há um interesse da Infraero em retomar as atividades. Eles têm 350 pessoas que ficam andando à toa na Pampulha e ficam pressionando para manter seus empregos. Nada contra eles, mas o caminho tem que ser uma melhor solução. Não acredito que o caminho seja dividir os voos, isso cria um transtorno muito grande e pode inviabilizar o hub do aeroporto de Confins”, afirmou Andrade, se referindo à estratégia do terminal de se fixar como centro de distribuição de voos.

Para o deputado, a reativação do aeroporto da Pampulha poderia levar ao cancelamento de dezenas de voos para Minas. A crítica é acompanhada pelo deputado estadual João Leite (PSDB), que também denunciou a situação. Segundo ele, a reação da bancada é que tem segurado os projetos de devolver os voos de grande porte para o aeroporto de Belo Horizonte.

Procurada pela reportagem, a Infraero não quis comentar a situação e respondeu apenas que “segue as diretrizes do governo federal”. A BH Aiport, que administra o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, disse não ter recebido qualquer informação sobre a retomada das atividades na Pampulha.

NOVELA O imbróglio da proibição dos voos de grande porte na Pampulha se arrasta desde 2017. Apesar da última decisão sobre o assunto, em março deste ano, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou a volta dos voos comerciais e interestaduais para o aeroporto, o terminal segue funcionando apenas com voos regionais por decisão do Ministério da Infraestrutura.

Na ocasião, o ministro do TCU Bruno Dantas revogou a medida cautelar que impedia a operação dos grandes voos desde 2017. Mas o governo federal optou por manter o funcionamento do terminal apenas para aeronaves de pequeno porte e voos fretados. À época, foi informado que isso ocorreria até que fossem concluídos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da Pampulha.

O aeroporto da Pampulha opera atualmente com cerca de 10% de sua capacidade e tem registrado prejuízos superiores a cerca de R$ 20 milhões por ano, segundo dados da Infraero. A expectativa é que ele seja leiloado dentro da 7ª rodada de concessões de aeroportos do governo federal, prevista para ocorrer em 2022.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)