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Estado de Minas

Sessão na Câmara de BH tem gritos, trocas de acusações, insinuações e ameaças de processo

Dia seguinte a eleição da nova mesa diretora da Casa o clima ficou quente entre os vereadores que, apesar da agitação, não votaram nenhum projeto


postado em 13/12/2018 17:47 / atualizado em 13/12/2018 20:10

(foto: Karoline Barreto/CMBH)
(foto: Karoline Barreto/CMBH)

Um dia após a eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte, em que a vereadora Nely Aquino (PRTB) saiu vitoriosa, o clima no plenário repetiu o calor que fez nesta quinta-feira na capital. Gritos, trocas de acusações, insinuações e ameaças de processo deram o tom da reunião de hoje. Por fim, sem nada votar, os parlamentares encerraram a sessão por falta de quórum.


A reunião desta quinta-feira foi marcada por reclamações, principalmente, do prefeito Alexandre Kalil (PHS), que criticou os parlamentares, principalmente os que não se posicionaram favoravelmente à eleição de Nely. Ontem, durante a votação vários vereadores se queixaram da interferência do prefeito na escolha da presidência da Casa.


Mas o caldo entornou de vez quando o vereador Gilson Reis (PCdoB) afirmou que colegas teriam recebido de Kalil a promessa de vantagens na execução de obras, cerca de R$ 2 milhões. Ele pediu que o prefeito renunciasse ao cargo conforme havia afirmado em entrevista.

“Ele foi a imprensa dizer que não atuou na eleição, mas todos sabem sim. Então, você deve renunciar prefeito. Já que afirmou que renunciaria caso tivesse feito interferência”, afirmou. Ainda segundo ele, Kalil “não tem moral” para atacar os parlamentares. Contudo, afirmou que respeita a eleição da nova mesa. “Nely, você tem meu respeito, você ganhou essa eleição de forma plena”, disse.


A fala causou indignação de vários vereadores que se revezaram no microfone do plenário para rebater o discurso. O presidente da Câmara, vereador Henrique Braga (PSDB), disse que queria saber mais detalhes sobre a acusação feita por Reis, já que foi colocado no grupo que teria sido beneficiado.

“Se houve isso aí eu tô no prejuízo. Eu quero saber de onde vem essa história de R$ 2 milhões (…) como vai ficar minha moral lá fora diante disso. Sempre trabalhei com dignidade”, disparou. Jair Di Gregório (PP), na mesma linha, acusou Gilson de ter sido o líder do governo “mais rápido da história”, já que durante alguns dias ocupou o posto no início da atual legislatura, mas acabou sendo substituído.

 “Quando ele era líder veio aqui e fez defesa de Kalil como se ele fosse uma mãe. Agora vem com essa”, disse, fazendo uma imitação do colega. Segundo ele, vários colegas pretendem processar o parlamentar do PCdoB pelas insinuações.


Já a recém-eleita Nely Aquino disse que exigia ser respeitada e que “não é massa de manobra”. “Essa troca de acusações não vai construir nada, não vai adiantar nada. Eu quero ideias. Não se esqueçam que vocês escolheram uma favelada, eu não vou aceitar qualquer coisa sem brigar. Não me julguem como massa de manobra. Tratem-me com respeito”, disse.



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