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Estado de Minas

"Falta pulso forte em Minas", diz candidato ao governo de Minas, Adalclever Lopes

Na série de entrevistas que o Estado de Minas e o Portal Uai estão fazendo com os candidatos ao governo de Minas, nessa quarta-feira (12) foi a vez do emedebista Adalclever Lopes apresentar suas propostas. Ele critica o governador Fernando Pimentel, diz que a polarização entre PT e PSDB traz prejuízos para Minas e se coloca como terceira via para tirar o estado da crise


postado em 13/09/2018 06:00 / atualizado em 13/09/2018 07:54

(foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

Numa tentativa de assumir o discurso da terceira via encampado pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), de 52 anos, candidato ao governo de Minas, anuncia: “Minas precisa acabar com a ditadura do PT e do PSDB. É preciso dar oportunidade para outras opções”.

Mas embora atribua ao que chama de “guerra” entre as duas principais legendas a responsabilidade pela falta de investimentos do governo federal no estado, Adalclever reserva as críticas mais ácidas ao PT.

 

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Segundo ele, falta liderança ao governador Fernando Pimentel para coordenar a bancada federal mineira. O candidato do MDB diz que foi o PT que escolheu Michel Temer (MDB) como vice na chapa de Dilma Rousseff por duas vezes, e, por fim, insinua que Pimentel negocia mal com o governo federal porque se comportaria como “representante de uma sigla partidária” e não como “governador de Minas”.

                                Veja o vídeo com a entrevista completa

                                             

 

O sr. está no exercício de seu quarto mandato como deputado estadual. Em sua carreira política, nunca teve experiência no comando do Poder Executivo, seja numa prefeitura ou no estado. Caso eleito, essa condição poderá prejudicar uma eventual gestão?
Na última eleição, depois do quarto mandato, fui eleito e reeleito presidente da Assembleia por unanimidade. Em termos de gestão, a experiência na Assembleia é de muita economia, uma administração dentro do orçamento, sem nenhum tipo de suplementação. A Assembleia está muito bem gerida economicamente.

O sr. declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de pouco mais de R$ 38 mil, no qual se inclui um veículo automotor. Isso gerou comentários de todo tipo nas redes sociais, uma vez que é de conhecimento público que os parlamentares têm um salário relevante. Como explica isso ao eleitor?
Seria estranho se tivesse muito dinheiro. Vivo rigorosamente com o que recebo. E minhas despesas não são pequenas, porque tenho dois filhos que estudam em escolas boas. Meus recursos, gasto todos para me manter. E não é tanto como as pessoas acham. Ganho realmente R$ 16 mil líquidos, quando tira Imposto de Renda e outros descontos.

Nesse valor está incluído o auxílio-moradia que o sr. recebe?
Não. São R$ 16 mil líquidos, mais o auxílio-moradia que eu recebo. É o que recebo e com o que mantenho a minha família. Fiz uma opção de não ter bens, tenho uma casa, um apartamento em que moro, um apartamento bom, em nome de minha mulher, e tenho um carro. Essa é a verdade.

O próximo governador de Minas vai enfrentar um déficit fiscal de R$ 5,6 bilhões previsto na Lei Orçamentária de 2019, montante que supõe, em princípio, uma melhora na arrecadação, portanto, a retomada do crescimento. Os mais pessimistas projetam um déficit de R$ 30 bilhões. Diante desta realidade, qual é o seu plano de ação para colocar salários em dia, investir na educação, na saúde e na segurança, principais itens da pauta do eleitor mineiro?
Em primeiro lugar, queria colocar a situação da minha candidatura. Eu era candidato a vice-governador. O candidato era o ex-prefeito Marcio Lacerda. O PT fez um acordo com o PSB e não deixou em hipótese alguma que o Marcio fosse candidato. Tinha medo da terceira via. Foi formado grupo com sete partidos que vinha trabalhando outra alternativa, uma outra opção, outro projeto e topei o desafio. Falo que a minha candidatura é de fé, coragem e de esperança. Essa foi a circunstância que me levou a ser candidato. Quanto à questão de enfrentar o déficit, a primeira opção é enxugamento geral, até como demonstração do que fizemos na Assembleia. Reduzimos os custos, trabalhamos dentro do planejado e a situação é muito tranquila. No estado é a mesma coisa. Tem os concursados, que são muitos, e técnicos de primeira linha que podem ocupar chefias, secretarias. Temos hoje R$ 140 bilhões de compensação da Lei Kandir a receber do governo federal. O estado deve R$ 100 bilhões. Temos a receber R$ 40 bilhões. Precisamos buscar isso de forma firme. Reunir todos os representantes de Minas para buscar esse recebimento do governo federal. O que a população não aguenta mais é a guerra entre PT e PSDB. Está todo mundo cansado disso.

Até março deste ano o sr. estava na base de sustentação do governador e projetava fazer parte da chapa majoritária como candidato ao Senado. O que aconteceu para a ruptura?
Não houve isso. Nunca me coloquei como vice de Pimentel, pelo contrário, viajei o estado inteiro com o meu partido pregando candidatura própria. Inclusive, todo o MDB defendendo candidatura própria. É lógico que os mais próximos achavam que eu poderia ser candidato ao Senado por um motivo: tive 100% dos votos dos deputados, fui reeleito presidente por unanimidade. Todo mundo dizia: se Adalclever for candidato ao Senado com duas vagas, os deputados teriam facilidade para votar. Fizemos depois uma grande composição com Marcio Lacerda e essa era a chapa. Como não permitiram que fosse candidato, assumi o projeto de uma terceira via. Minas precisa acabar com a ditadura do PT e do PSDB. É dar oportunidade para outras opções.

Quais são as suas propostas para a mobilidade na Grande BH e no resto do estado, considerando que rodovias como a BR-381 não recebem os investimentos necessários?
Por causa dessa dicotomia entre o PT e o PSDB, há 16 anos não recebemos nenhuma obra: o metrô, a 381. Como governador do estado, vou chegar em Brasília não como representante de uma sigla partidária, mas como governo de Minas. A primeira coisa a fazer, após a eleição, antes mesmo da posse, é reunir todos os representantes de Minas para que se tenha unidade nos pedidos essenciais para o estado nas obras de infraestrutura. O governo federal nos deve muito, mas é preciso ter cobrança de todos deputados, senadores e principalmente do governador do estado.

O que o sr. do MDB e a bancada do partido em Minas fizeram para cobrar do governo Michel Temer, também do MDB, obras que não foram realizadas no estado em seu governo?
Primeiro, criei na Assembleia uma comissão especial para discutir o encontro de contas do governo do estado com o governo federal. Fomos ao presidente da República, fizemos um trabalho grande na Assembleia. Agora, Minas está sem prestígio político por falta de unidade. A bancada mineira está dispersa porque falta líder e quem lidera a bancada sempre foi o governador do estado. Falta liderança com pulso forte para levar a Brasília pleitos de que Minas precisa.

Tanto no plano nacional como no caso mineiro, os vices do MDB, respectivamente, Michel Temer e Antonio Andrade, romperam com os titulares e articularam abertamente para derrubá-los. Até que ponto na política o MDB é confiável?
De minha parte não houve nenhum rompimento com o governador. Tanto que o dia em que fomos lá comunicá-lo de que teríamos um novo projeto, achamos que o MDB pode apresentar, porque é o maior partido do estado, fizemos grande composição. Quero só deixar claro que quem escolheu por duas vezes o presidente Michel Temer como vice foi o PT.

Mas ele é do seu partido, não? Os candidatos a presidente, embora da base de sustentação de Temer, têm negado essa relação política com o presidente...
Sim, é do meu partido, sou MDB e sou responsável por minhas ações. Sou do MDB e nunca tive mandato por outro partido. É o meu quarto mandato. Estou e permaneço no MDB.
   


 


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