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Estado de Minas

Carlos Siqueira rebate Lacerda e diz que a candidatura dele era de ''faz de conta''

Segundo o presidente nacional do PSB, Marcio Lacerda teria lhe procurado há cerca de três meses para informar a decisão de não concorrer ao governo de Minas, mas fora convencido a retardar o anúncio


postado em 02/08/2018 18:06 / atualizado em 02/08/2018 18:55

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou com exclusividade ao Estado de Minas, que Marcio Lacerda lhe informou há três meses que pretendia desistir de sua candidatura ao governo e teria só há duas semanas mudado de ideia, quando passou a vislumbrar a possibilidade da coligação com o MDB.

Segundo Carlos Siqueira, a resolução do 14o Congresso Nacional do PSB, ocorrido em março, dá à direção nacional poder de aprovar ou não as coligações em cada estado. “São coligações que têm de acontecer no campo da centro-esquerda. Em todas as eleições esse procedimento se repete, inclusive, em 9 de julho enviei carta a todos os diretórios solicitando que encaminhassem as coligações em curso para análise da nacional e aprovação”, disse, explicando que essa conduta visa manter a legenda coerente com a ideologia partidária


“Marcio Lacerda ligou para mim há cerca de três meses dizendo que tinha urgência em conversar porque, após estudar a situação fiscal do estado, teria chegado à conclusão de que seriam quatro anos de medidas impopulares sem contudo, conseguir resolver o problema fiscal do estado.

Lacerda me relatou todas as dificuldades e problemas econômicos de Minas e atribuiu a responsabilidade aos governos anteriores”, afirmou Carlos Siqueira. Segundo o presidente nacional do PSB, teria sido a seu pedido que Lacerda teria aceitado não anunciar a sua desistência naquele para não prejudicar o partido, já que atravessavam o prazo final para receber novas filiações.

“Eu disse a Lacerda: estamos no final do prazo de filiação, você vai prejudicar o partido, você portanto, guarde isso, as pessoas estão se filiando, e por outro lado, você foi prefeito de Belo Horizonte, não pode tomar essa atitude desse jeito. Lacerda ficou convencido de que não deveria anunciar a desistência naquele momento, mas combinamos que a candidatura ficaria em aberto, que não seria candidato ao governo, mas decidiria mais tarde se seria ao Senado ou não seria a nada”, disse Carlos Siqueira. “Eu guardei esse segredo.

Depois surgiu a história da candidatura do Lacerda a vice-presidente da República, na chapa de Ciro Gomes. A certa altura, disse pra ele: você tem de decidir, senão ninguém acredita em sua candidatura ao governo de Minas. Eu sei que não é para valer, mas os outros não”, conta Carlos Siqueira, dizendo-se espantando com o fato de que Lacerda teria continuado a conversar com os partidos apesar de não ter intenção de disputar.

Segundo Carlos Siqueira, nesse ínterim, havia negociações em curso com o PT. “Nós tínhamos negociação com o PT e estava certo de que Marcio Lacerda não seria candidato. Ontem, quando conversei com Lacerda, relembrei-lhe isso: essa negociação se confirmou e fui comunicá-la a ele”, revela Carlos Siqueira.

Segundo ele, Lacerda teria mudado de ideia em relação à sua candidatura ao governo de Minas há duas semanas, quando se delineou a possibilidade de fechar coligação com o MDB. “Só que as negociações com o PT estavam avançadas e como eu sabia que a candidatura dele era de faz de conta, aceitei não termos candidato ao governo em Minas”, assinala Carlos Siqueira, deixando claro que o acordo nacional entre o PSB e o PT prevê a neutralidade na disputa para presidente da República, a retirada da candidatura da vereadora de Recife Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco e a retirada da candidatura de Marcio Lacerda (PSB) em Minas. “Mas não houve determinação para que a o PSB se coligue ao PT em Minas. Foi pedido do Lacerda que dissesse isso para facilitar a retirada de sua candidatura”, disse Carlos Siqueira.



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