(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Por oposição a Pimentel, PSDB cola nos partidos "independentes"

Líderes tucanos já se movimentam para atrair deputados estaduais de legendas menores que ainda não definiram se vão compor a base do governador eleito


postado em 20/11/2014 07:49

Os tucanos pretendem disputar com o governo Fernando Pimentel (PT) os deputados estaduais do PSD, PV, PDT e PR, entre outros de legendas menores que vão integrar o autointitulado bloco “independente” na Assembleia Legislativa. São pelo menos 17 parlamentares que vivem uma espécie de “transição política” entre o apoio dado hoje ao governo Alberto Pinto Coelho (PP) e a sustentação em negociação à futura administração petista. Três deles – Cássio Soares (PSD), Agostinho Patrus (PV) e Carlos Pimenta (PDT) – foram secretários do governo Antonio Anastasia (PSDB) e se desincompatibilizaram em abril para concorrer à reeleição. “Vamos manter uma interlocução próxima com os deputados desse bloco intermediário”, afirma o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas. “Tenho certeza de que serão intransigentes na defesa dos governos de Aécio Neves e de Antonio Anastasia”, acrescenta Pestana.

A preocupação primeira do PSDB é a defesa dos 12 anos de administração no estado. “A notícia que temos é de que há disposição voraz no interior do PT de minar, destruir a imagem do senador Aécio Neves, que é o candidato do PSDB em 2018 ao Palácio do Planalto”, afirma Pestana. “Eles programam passar da desconstrução que fizeram na campanha para a destruição. Mas não passarão”, desafia o tucano. “Aécio está sendo ovacionado em restaurantes, em aeroportos e em locais públicos. Ele virou o estuário, o símbolo e a personalização do sentimento de mudança”, disse o parlamentar.

Conhecedor da máquina administrativa e da dinâmica das relações entre Legislativo e Executivo, o PSDB reconhece a força do Palácio Tiradentes para atrair apoios. E não tem expectativa de que aquela que hoje constitui a sua base vá se manter unida. Mas a prioridade garantir a “defesa” dos governos tucanos na Casa de críticas e eventuais comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Além disso, o PSDB quer ocupar espaços e manter uma oposição coesa ao governo de Pimentel com os partidos que estiveram no núcleo das articulações políticas. “Nossa meta é ter 27 deputados de oposição”, informa Pestana.

Em reunião com os deputados estaduais eleitos do PSDB na semana passada, foi definido, por exemplo, que o partido vai participar da Mesa Diretora da Assembleia dentro da distribuição proporcional das bancadas que tradicionalmente vigorou na Casa. Nesse sentido, o PT e o PMDB, as duas maiores bancadas, têm a prerrogativa de escolher os primeiros dois cargos. Os mais importantes são a presidência e a primeira-secretaria. Na sequência, o PSDB, com nove deputados, a terceira maior bancada, teria o direito de escolha da primeira-vice-presidência, terceiro cargo mais cobiçado do comando da Casa. É o primeiro-vice que normalmente conduz a abertura das reuniões, já que, pela ordem, se o presidente não chega ao plenário até as 14h15, cabe ao primeiro-vice iniciar a sessão.

Como os ânimos na Assembleia andam acirrados, petistas e peemedebistas já avisaram que não pretendem dar ao PSDB a primeira vice-presidência, mas a terceira, um cargo da Mesa quase que honorífico. A base de Fernando Pimentel argumenta que, se for entregue ao PSDB a primeira vice, pela falta de confiança, o futuro presidente da Casa terá de ficar “amarrado”, de “plantão”. Será mais um item para o embate entre a base de Alberto Pinto Coelho e a base de Pimentel. Os dois grupos já travam uma queda de braço em torno de propostas de emenda constitucional em tramitação e de projetos encaminhados pelo governo do estado com repercussão fiscal – o que afundou a Casa na completa paralisia. A pauta está sobrestada por vetos e, na semana que vem, também por projetos de lei enviados à Assembleia com urgência constitucional.

Para colocar mais água na fervura, na semana que vem, Aécio Neves programa um encontro com os deputados estaduais que hoje estão na base do governo de Minas. Enquanto no bloco há deputados que já aderiram ao petista durante a campanha, como é o caso de Fábio Cherem (PSD), há também parlamentares que estão mais cautelosos, como Cássio Soares: “O PSD está em conversação com o futuro governo. Se o projeto for interessante, vamos acompanhá-lo. Não sabemos ainda como será o futuro governo e, por isso, a questão maior do bloco hoje é ocupar espaços nas comissões e na Mesa Diretora”. Diferentemente, Cherem avisa: “Vou apoiar plenamente o governo do Fernando Pimentel. Estou confortável com a possibilidade de os independentes ficarem na base do governo”.

13º salário

O governador Alberto Pinto Coelho (PP) informou, em nota divulgada nessa quarta-feira, que o 13º salário do funcionalismo público de Minas será pago em parcela única em 20 de dezembro. Ele ressalta que o governo do estado vem cumprindo rigorosamente o compromisso firmado com os servidores.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)