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Estado de Minas

PMDB deve assumir presidência da Assembleia

Partidos estão perto de definir todos os nomes que vão compor a Mesa Diretora no ano que vem. Adalclever Lopes (PMDB) pode ser mesmo o presidente e Paulo Guedes (PT), 1º secretário


postado em 13/11/2014 06:00 / atualizado em 13/11/2014 08:20

Adalclever (E) deve ocupar a Presidência e Paulo Guedes, o mais votado em Minas, a Primeira Secretaria(foto: Fotos: Raila Melo/ALMG)
Adalclever (E) deve ocupar a Presidência e Paulo Guedes, o mais votado em Minas, a Primeira Secretaria (foto: Fotos: Raila Melo/ALMG)
As negociações na Assembleia Legislativa para a Mesa Diretora que será eleita em fevereiro se afunilaram para a escolha do deputado estadual Adalclever Lopes (PMDB) para a presidência e o deputado estadual Paulo Guedes (PT) para a 1ª Secretaria. São os dois cargos mais importantes. O primeiro comanda a Casa e faz a pauta. O segundo administra o Legislativo – como um prefeito – e cuida do orçamento de cerca de R$ 1 bilhão ao ano. Paulo Guedes foi convidado para comandar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor). Mas tende a permanecer na Assembleia. Há acordo entre PMDB e PT para revezamento na presidência da Casa, que, daqui a dois anos, será comandada pelo PT.

Por agora, o cargo da primeira vice-presidência – no qual o parlamentar faz a abertura cotidiana das sessões – vem sendo reservado para um deputado que integrará aquele que está sendo chamado de bloco “independente”, formado principalmente pelo PSD, PV e PR, legendas que hoje estão na base do governo Alberto Pinto Coelho (PP) mas que já sinalizam com sustentação ao futuro governo Fernando Pimentel (PT). Um dos nomes cotados é o de Hely Tarquínio (PV).

Segundo a Constituição mineira, a composição dos corpos colegiados – e a Mesa Diretora é um deles – segue a proporcionalidade das bancadas. O PSDB, com nove deputados, tende a indicar Lafayette Andrade para a 2ª Vice-Presidência. No PDT, legenda que reivindica a cadeira da 2ª Secretaria, disputam o cargo os deputados Alencar da Silveira e Sargento Rodrigues. Há disposição do Sargento Rodrigues de abrir mão de participar da Mesa se lhe for assegurada a presidência da Comissão de Segurança Pública. O cargo da 3ª Secretaria – mais honorífico do que de atribuições importantes – deve ficar com o PTB, e Arlen Santiago é o mais cotado.

Lafayette Andrada (acima) e Alencar da Silveira (abaixo) devem ocupar a 2ª Vice-Presidência e a 2ª Secretaria, respectivamente(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press e Pollyanna Maliniak/ ALMG )
Lafayette Andrada (acima) e Alencar da Silveira (abaixo) devem ocupar a 2ª Vice-Presidência e a 2ª Secretaria, respectivamente (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press e Pollyanna Maliniak/ ALMG )
Nas conversas conduzidas pelo vice-governador eleito Antônio Andrade (PMDB), pelo futuro líder do governo na Casa, deputado estadual Durval Ângelo (PT), e pelo presidente do PT em Minas, Odair Cunha, para a formação da base de governo de Pimentel, dois blocos parlamentares estão sendo formados. “São as primeiras rodadas, as conversas estão boas, mas ainda não são conclusivas”, afirma Antônio Andrade, que tem mantido interlocução com todas as legendas, à exceção do PSDB, do DEM e do PP, que hoje integram o governo do estado e estão no núcleo de sustentação ao grupo tucano em Minas. A ideia é formar o bloco da maioria com o PT, PMDB, PCdoB, Pros e PRB, que somam 26 deputados, com as legendas que integraram a coligação para a eleição de Fernando Pimentel.

Além desse bloco, o futuro governo trabalha para ter o apoio do bloco “independente” – auxiliar de apoio ao governo, que vem sendo puxado pelo PSD, pelo PV e pelo PR. Esse bloco – de partidos que hoje estão na base do governo Alberto Pinto Coelho -, agregaria ainda outros parlamentares de pequenas legendas. Todos eles fazem parte da sustentação de Dilma Rousseff (PT) no plano nacional. “No início de dezembro, teremos uma posição definitiva de quem será base”, assinala Antônio Andrade. “Queremos uma base com 55 deputados”, diz.

Na oposição, estarão PSDB, DEM, PP e PPS, que somam 17 parlamentares, e Dilzon Melo, presidente do PTB. Escalados pela experiência para a liderança dos blocos da oposição e da minoria estão, respectivamente, João Leite (PSDB) e Gustavo Corrêa (DEM). “O PP vai ser oposição firme, responsável e programático. Perdemos as eleições e temos de ser coerentes”, afirma o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, que foi vice na chapa de Pimenta da Veiga na disputa pelo Palácio Tiradentes.

A relação entre situação e oposição na Casa, contudo, não afetará reformas internas que a instituição vem promovendo e precisará aprofundar para ampliar a interação com a sociedade, afirma Durval Ângelo. “Temos de ter claro que a dinâmica da Assembleia de independência e autonomia está acima dessa discussão de oposição e situação. Não podemos deixar, enquanto poder, de superar as questões partidárias e fazer algo pela sociedade”, afirma.


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