Em Cidade Ocidental, a aula de quarta-feira do Projovem Adolescente transformou-se em uma partida de totó. O projeto funciona em um casa, destinada ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Jovens dividem o pequeno espaço com crianças. Também aproveitam o transporte escolar, a merenda e os instrutores do Peti, apesar de a prefeitura ter cadastrado no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) nove turmas com 225 estudantes. “Muita gente desistiu. Eles mudaram o espaço, tiraram algumas aulas”, explica Aline Batista, de 18 anos. A coordenação do programa na cidade admite falhas e diz que o principal problema é a evasão dos jovens.
Exigência
A coordenadora do Projovem Adolescente de Ribeirão das Neves, Lina Maria Veloso Bosco, disse que uma vez por semana os estudantes têm oficina de tapeçaria. De acordo com ela, com essas atividades, que têm duração de uma hora e meia, é atingida a carga horária exigida pelo governo federal. Entretanto, em nenhum dos Cras os encontros chegam a completar 10 horas semanais. “A gente tem como meta fazer com que o jovem de Ribeirão das Neves se torne um cidadão autônomo e solidário. E fazer com que ele consiga, depois de atingir a idade estabelecida pelo programa, se inserir no mercado de trabalho, que seja um cidadão realizado.” (AR e AM)