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Animais sob risco de extinção são retratados em livro infantil

Livro Bichos Vermelhos mostra a situação de 20 espécies sobre grave risco


postado em 29/11/2019 06:00 / atualizado em 29/11/2019 08:04

Onça-pintada (foto: Reprodução)
Onça-pintada (foto: Reprodução)

“Bichos vermelhos são bichos que estão na Lista Vermelha ou próximos de entrar nela. Pronto, e o que é Lista Vermelha? É a lista de espécies ameaçadas de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza. Agora, que todo mundo devia ficar vermelho de vergonha diante de tanta destruição, ah, isso devia mesmo.” Assim a escritora pernambucana Lina Rosa introduz o leitor infantil à obra Bichos vermelhos, ilustrada por Erick Vasconcelos e Rebeca Melo, sobre animais em risco de extinção, com lançamento da segunda edição pela mineira Aletria. A autora contou com a consultoria científica de Enrico Bernard.
Livros, tão pouco valorizados, e animais em vias de desaparecer, juntos são a metáfora da resistência em um mundo que cada vez mais atropela as perdas cotidianas. A obra, que traz curiosidades sobre 20 animais brasileiros ameaçados – a lista da União Internacional para Conservação da Natureza está sempre mudando – faz uma brincadeira inspiradora com a representação imagética desses animais de carne e osso como esculturas 3D em papel. Tal jogo de aproximação de linguagem fica ainda mais real com a experiência de montagem e colagem de bonecos ao fim da leitura.

Em espaço acolhedor, com bela instalação e esculturas gigantes criadas especialmente para o lançamento, Lina Rosa vai mediar uma leitura pública e autografar exemplares, procurando aproximar as crianças de um hábitat peculiar, tanto para os animais da fauna brasileira quanto para a leitura. O projeto editorial do livro aprofunda a experiência lúdica, ao trazer “retratos” em engenharia de papel da Lista Vermelha, ranking de alerta da União Internacional para Conservação da Natureza de espécies ameaçadas de extinção.

“Queria falar de algo tão raro e transpor duplamente para uma experiência tátil. A intenção é unir a preocupação de ampliar a vivência cotidiana das crianças com o livro, em tempos cada vez mais digitais, mas também de que elas vivam como fato, de maneira real, o que está acontecendo na natura silvestre que ante nossa ambientação urbana nem paramos mais para refletir. O livro é o instrumento e um convite para tornar hábito o que entre tantas transformações vem sendo raro: tanto as espécies ameaçadas de extinção quanto a própria leitura”, afirma Lina Rosa.

A ariranha, “que não é prima da aranha”, pode ser identificada pela mancha no pescoço. O pássaro bicudo, o “garganta de aço”, sofre com a captura e o comércio ilegal. Caburé-de-pernambuco é uma das menores corujas do mundo e a última vez que se viu uma foi em 2001. O cachorro-do-mato-vinagre é um animal arisco e sofre com o desmatamento, assim como a codorna-buraqueira, que vive nos cerrados brasileiros tão maltratados. O galito é um passarinho que tem cauda colorida, que lembra a do pavão. A jaguatirica é a prima menor da onça e está na lista, assim como a onça-pintada, o maior felino das Américas.


LISTA SEM FIM 

O lobo-guará está na lista desde 1968 e o macaco-prego-galego, em 2010, foi apontado entre as 25 espécies de primatas mais ameaçadas em todo o mundo. O peixe-boi-marinho é um animal que sofre com o turismo agressivo e destruição de mangues e rios. O periquito-cara-suja é a mais ameaçada entre periquitos, araras e papagaios. Já o passarinho pintor-verdadeiro é visto em gaiolas por aí. O porco-espinho-esperança é a espécie que tem a descoberta mais recente: 2013, em Pernambuco. Mal foi catalogada e já está na lista das espécies em vias de extinção. O tamanduá-bandeira é dócil e é incapaz de morder (não tem dentes), mas está ameaçado.

E há outros. A tartaruga-de-pente tem esse nome porque a sua carapaça serve para produção de pentes, escovas, óculos, etc., mesmo sendo proibida a comercialização. Dois tatus estão ameaçados: o tatu-canastra, animal ágil que consegue cavar túneis, e o tatu-bola, que não cava buracos e por isso é presa ainda mais fácil. Não se salva no país do futebol, seu único país de morada. O tico-tico-do-campo é procurado pelo homem pelo belo canto, prejudicando sua reprodução. Já o tubarão-baleia, que não ataca ninguém, é presa fácil de caçada.


BICHOS VERMELHOS  
• De Lina Rocha  
• Fotografias: Helder Ferrer
• Ilustrações: Erick Vasconcelos e Rebeca Melo
• Consultor científico: Enrico Bernard
• Editora Aletria
• 54 páginas  
• R$ 49,90 
• Lançamento: Amanhã (30), das 11h às 14h, na Livraria da Rua (Rua Antônio de Albuquerque, 913, Funcionários, BH)


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