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Estado de Minas CHACINA

Advogado do caso 'chacina de Sinop' é baleado em escritório

Segundo informações da polícia, Marcos Vinicius Borges estava em sua sala no escritório, quando chegou ao local um homem que se identificou como um cliente


24/03/2023 20:00 - atualizado 24/03/2023 20:09

Bar onde ocorreu o crime do caso em que o advogado atuou
O advogado Marcos Vinicius Borges é defensor de Edgar Ricardo de Oliveira, que está preso e é apontado como um dos autores da chacina no bar de sinuca em Sinop. (foto: Redes Sociais/Reprodução)
O advogado criminalista Marcos Vinicius Borges, 37, foi baleado enquanto trabalhava no seu escritório em Sinop (a 500 km de Cuiabá), Mato Grosso, no final da tarde desta quinta-feira (23/3). Ele foi levado a um hospital e não corre risco de morte.

 

Borges é responsável pela defesa de um dos acusados da chacina que deixou sete mortos após um jogo de sinuca em Sinop, em 21 de fevereiro, e é conhecido também pela exposição que faz em redes sociais dos casos em que atua como advogado.

 

De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Sinop foi acionada pelo próprio advogado pouco antes das 17h30. Ele dizia que havia sido vítima de disparo de arma de fogo e que estava se deslocando até um hospital particular, com ajuda do seu pai, Lucio Borges, presente no escritório quando o filho foi atingido. Dois suspeitos estão sendo procurados.

 

Segundo informações iniciais obtidas pela polícia, Marcos Vinicius Borges estava em sua sala no escritório, quando chegou ao local um homem que se identificou como um cliente. Como o advogado estava em uma chamada de vídeo, ele primeiro pediu que a pessoa o aguardasse. Depois, autorizou a entrada do suposto cliente na sua sala. Foi aí que um segundo homem, com arma de fogo em punho, entrou no escritório.

 

O pai da vítima entrou em luta corporal com o homem armado e, na sequência, ouviu tiros no andar de cima do escritório, da sala do advogado. Ele subiu até a sala do filho, que estava em luta corporal com o primeiro homem que chegou ao escritório, e que também estava armado com um revólver.


Crime

Os dois suspeitos fugiram e a Divisão de Homicídios da Delegacia de Sinop está apurando o crime.

 

"As diligências da Polícia Civil estão em andamento para reunir informações que possam levar à identificação dos criminosos", diz a polícia, em nota à reportagem. O delegado responsável pelo caso preferiu não conceder entrevista até o término das diligências.

 

No hospital, a equipe de investigação da delegacia foi recebida pelo pai do advogado e pelo médico plantonista, que informou que havia um ferimento no pulmão, mas que a vítima não corria risco de morte. A reportagem ainda tenta contato com o hospital e com familiares do advogado.

 

O advogado Marcos Vinicius Borges é defensor de Edgar Ricardo de Oliveira, que está preso e é apontado pelo Ministério Público como um dos autores da chacina de Sinop.

Edgar foi denunciado nesta quinta-feira (23) por sete homicídios qualificados, além de furto qualificado e roubo majorado. Entre as vítimas estava uma menina de 12 anos.

O outro suspeito de ter praticado os crimes, Ezequias Souza Ribeiro, morreu em um confronto com o Bope (Batalhão de Operações Especiais), um dia após os assassinatos, de acordo com a Polícia Civil do MT.

 

A atuação do advogado Marcos Vinicius Borges na hora da prisão de Edgar foi mostrada em redes sociais por uma colega de Borges, também advogada. Ela exibia Borges acompanhando a equipe da Polícia Civil para localizar a caminhonete com as armas do crime. No carro de Borges, estava uma equipe de televisão.

 

Ela também divulgou o momento da prisão e a chegada de Edgar à delegacia. "Eu e o doutor Vinicius estamos aqui na delegacia para garantir que o Edgar fosse preso com a sua integridade física garantida", disse em uma das postagens.

 

Borges é conhecido pela exposição que faz em redes sociais dos casos em que atua como advogado, divulgando solturas ou absolvições de clientes, por exemplo, o que tem gerado polêmica no meio da advocacia.

 

O comportamento esbarraria em normas da OAB (Ordem dos Advogado do Brasil). A entidade proíbe a "utilização de casos concretos para oferta de atuação profissional".


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