
Segundo Dias, a intenção é tratar também sobre a importação de 30 milhões de doses da Sinopharm, vacina chinesa que o Ministério da Saúde tem pleiteado desde março. O governador tenta a reunião com o embaixador há mais de 10 dias. Em nota, ele destaca que, no encontro, querem reafirmar o respeito ao povo chinês e à China, “bem como a gratidão pelo fornecimento de vacinas ao Brasil”.
Há meses, o Brasil enfrenta dificuldade de importação dos insumos da China devido a trâmites na liberação do produto pelo governo do país asiático. Ainda em janeiro, houve problemas para a importação de matéria-prima para produção de vacina. O governo brasileiro sempre negou que houvesse um impasse político e diplomático. O próprio embaixador chinês, Wanming, já negou, mais de uma vez, que a demora seja uma retaliação ao Brasil, ou um problema diplomático.
Apesar disso, na última sexta-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um apelo às autoridades chinesas. “Os brasileiros não pensam como o presidente da República do Brasil. Os brasileiros continuam agradecendo a China por ajudar a salvar vidas no nosso país”, disse.
Apesar das negativas de que seja uma questão diplomática, as dificuldades de importação acontecem em um cenário no qual o governo chinês é constantemente criticado por integrantes do governo brasileiro e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. No último dia 5, o mandatário insinuou que a China pode ter criado o novo coronavírus como arma para uma guerra química.
