Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Ministério da Saúde investirá 274 milhões em recursos para gestantes

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (16/4), o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, disse que o Ministério da Saúde tem agido muito pela população durante a pandemia do novo coronavírus e que “causa muita tristeza quando falam que não fazemos nada pela saúde das mulheres.”





Junto do secretário-executivo, Rodrigo Moreira da Cruz, o médico convocou os veículos de comunicação para anunciar o investimento de 274 milhões em recursos aos municípios na prevenção da COVID-19 para gestantes e recomendou a vacinação das mulheres grávidas e puérperas com fatores de risco.

Segundo o secretário, diversas iniciativas já foram adotadas pelo governo federal em apoio à saúde materna durante o atual contexto de pandemia. O novo recuso financeiro será usado para a identificação precoce e o monitoramento de sintomas do vírus e na qualificação dos atendimentos de pré-natal, parto e puerpério e odontológico das gestantes. 

Raphael Câmara também destacou, durante a coletiva, a portaria Nº 2.222/GM/MS, publicada durante o pico da pandemia e da mortalidade de gestantes em agosto de 2020. De acordo com o secretário, foram investidos quase 260 milhões no setor. "Foram beneficiadas quase um milhão de gestantes e puérperas, e dessas, 5.163 foram monitoradas e mantidas em isolamento social com os recursos destinados", afirmou o médico.





Com críticas diretas aos prefeitos, o secretário expôs que mais de 324 milhões de reais para estruturação de 593 maternidades em unidade de saúde públicas foram disponibilizados para os gestores municipais. No entanto, deste valor, apenas 264 milhões foram aproveitados.

"Reparem que quase 160 milhões de reais os municípios não aderiram. Eu, enquanto obstetra, não conheço nenhuma maternidade perfeita no Brasil que não precise de equipamentos. Então vem a pergunta: por que os municípios não aderiram se tinha esse dinheiro disponível? É importante que a população cobre isso", advertiu Raphael Câmara.

Sob desaprovações da gestão da pasta ao longo da pandemia, chefiada atualmente pelo ministro Marcelo Queiroga, o secretário disse que, independentemente do local, quando há um agravamento de casos e mortes pela doença do coronavírus, o Ministério da Saúde está presente para auxiliar a população e seus governantes.





“O que acontece é que não é divulgado. Fiquei três semanas em Manaus, não vi nenhuma linha na imprensa falando, em nenhum momento, que estávamos trabalhando juntos para resolver os problemas da atenção primária da saúde materna e infantil”, declarou.

Secretário recomenda vacinação para gestantes


Durante a coletiva, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, também disse que, mesmo que ainda em estudo, novas cepas do coronavírus podem se manifestar mais gravemente em mulheres grávidas e recomendou que, a partir do terceiro trimestre de gestação, elas façam o exame RT-PCR, que aponta a infecção pela COVID-19.

"Já temos a nota técnica que dá essa recomendação expressa para as grávidas com fatores de risco. Estamos na fase final de análise e não podemos errar. Estamos avaliando se iremos colocar, mas a sugestão de grande parte dos especialistas é essa", disse o secretário.





Em maioria, especialistas falam que o grupo desenvolve quadros leves, entretanto, as manifestações vão de quadros assintomáticos até quadros de maior gravidade e fatais. 

O período de maior risco pode ser desenvolvido no último trimestre de gestação, como citado pelo secretário, e no período do puerpério. Portanto, gestantes e puérperas até o 14º dia de pós parto, são consideradas grupos de risco para o vírus.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.

Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).





  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.





Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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