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Estado de Minas ARGENTINA

Cristina Kirchner: ataque não tem ligação com bolsonarismo, diz senador

Por trás da tentativa de disparo contra Cristina está, segundo o senador, 'uma fricção que tem como lógica a identificação de inimigos'


02/09/2022 15:53

Cristina Kirchner, vítima de um ataque na noite de quinta-feira (1/9)
Cristina Kirchner, vítima de um ataque na noite de quinta-feira (1/9) (foto: Luis ROBAYO / AFP )
Senadores da oposição e do governo da Argentina se uniram em solidariedade a Cristina Kirchner, vítima de um ataque na noite desta quinta-feira (1º). Um deles, Luis Naidenoff, da Unión Cívica Radical -um opositor do peronismo– afirma que o momento de gravidade que vive a Argentina está relacionado a "uma escalada da violência no debate político que não mede as consequências".
 
 
 
Para Naidenoff, o atentado é uma particularidade da situação argentina. À Folha, o senador diz que está ciente das especulações feitas no Brasil devido à nacionalidade do homem que atacou a vice-presidente, mas descarta outras ligações com o cenário brasileiro. "O ambiente de confrontação que permitiu o terrível incidente corresponde apenas à realidade local", afirma.
 

Leia: As reações de repúdio ao ataque contra Cristina Kirchner 

 
 
Por trás da tentativa de disparo contra Cristina está, segundo o senador, 'uma fricção que tem como lógica a identificação de inimigos". "Quando isso é somado à alta inflação, uma situação de carestia profunda, de uma péssima administração da pandemia, abrimos espaço para que algo assim aconteça", em tom crítico ao governo de Alberto Fernández.
 

Leia: O que se sabe sobre o ataque armado contra Cristina Kirchner  

 
Assim como outros líderes opositores, Naidenoff condenou o atentado, mas não está de acordo com o fato de o presidente ter declarado feriado nacional nesta sexta-feira (2) nem convocado a militância para marchas e manifestações nas ruas de Buenos Aires.
 

Leia: Saiba quem é o brasileiro que tentou atirar em Cristina Kirchner  

 
"Nós deveríamos todos estar de pé hoje e trabalhando, tanto opositores como governistas. O presidente se equivoca ao apontar inimigos como fez em cadeia nacional, acusando imprensa, Justiça e opositores de insuflar o discurso de ódio", argumenta Naidenoff. "Em tempos como os que vivemos, é preciso chamar à moderação e à cordura, e isso cabe à classe política, aos dirigentes antes de qualquer um".
 
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(foto: Arte/EM/D.A press)
 
 
O senador argentino descreve como lamentável o silêncio público de Bolsonaro enquanto várias lideranças manifestaram empatia a Cristina Kirchner. "Isso corre por conta dele, mas acredito que, antes de mais nada, é preciso fazer um gesto de solidariedade, mostrar humanidade, nada pode vir antes disso. Depois façamos as críticas políticas".
 
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(foto: Arte/EM/D.A press)
 


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