A eficácia de uma única dose da vacina da Pfizer contra a COVID-19 é menor contra variantes descobertas na Inglaterra, Índia e África do Sul do que a cepa original, de acordo com um estudo de laboratório divulgado nesta sexta-feira (4/6).
No entanto, os autores do artigo publicado na revista médica "The Lancet" alertam que esses resultados não são conclusivos e que outros estudos com a população real são necessários.
Leia Mais
Espanha quer vacinar adolescentes entre 12 e 17 anos antes do próximo ano letivoJapão doa mais de 1 milhão de doses de vacina anticovid a TaiwanEUA anunciam doação de 80 milhões de doses de vacinas para o exteriorcoronavirusmundoOs pesquisadores avaliaram a produção de anticorpos protetores, chamados de neutralizadores, de pessoas vacinadas com colocando suas amostras de sangue em contato com várias versões do vírus: as primeiras versões descobertas em Wuhan (China) e a que dominou a Europa em meados de 2020, a variante Alpha (detectada na Inglaterra), Beta (na África do Sul) e Delta (na Índia).
"Após uma única dose da 79% das pessoas tiveram uma resposta detectável de anticorpos à cepa original, mas esse nível caiu para 50% contra a variante Alfa, 32% contra Delta e 25% contra Beta", de acordo com o Francis Crick Institute.
"É essencial garantir proteção suficiente para evitar ao máximo as hospitalizações. Nossos resultados sugerem que a melhor maneira de conseguir isso é administrando rapidamente a segunda dose", disse uma das pesquisadoras, Emma Wall, citada em um comunicado.
Intervalo menor entre doses
Assim, o estudo celebra a recente decisão do Reino Unido de reduzir o intervalo entre as duas doses da vacina Pfizer, de no máximo três meses para oito semanas, para maiores de 50 anos e os mais vulneráveis.
Apesar disso, os autores reconhecem que "os níveis de anticorpos não são a única forma de determinar a eficácia das vacinas e que mais estudos são necessários na população real."
Paralelamente, o estudo mostrou que, após as duas doses da vacina da Pfizer contra o novo coronavírus, o nível de anticorpos protetores foi menor na presença de Delta do que nas outras duas variantes, corroborando pesquisas anteriores, como a do Instituto Pasteur da França.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
- CoronaVac/Butantan
- Janssen
- Pfizer
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra a COVID-19 estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países.
O sistema de controle tem como objetivo garantir o trânsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
- Veja onde estão concentrados os casos em BH
Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa
Animais de estimação no ambiente doméstico precisam de atenção especial
Coronavírus x gripe espanhola em BH: erros (e soluções) são os mesmos de 100 anos atrás