Pelo menos 82 pessoas morreram neste domingo no incêndio em um hospital para pacientes com COVID-19 em Bagdá, uma tragédia que provocou a ira dos iraquianos e pedidos de demissão dos responsáveis, em um país com um sistema de saúde devastado.
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Gasto militar mundial aumenta mesmo em meio à pandemia da COVID-19Celebridades começam a chegar ao tapete vermelho do OscarEx-presidente peruano que se vacinou de forma polêmica contrai covid-19coronavirusmundoGrécia aposta nas ilhas 'COVID-free' para recuperar movimento de turistas"O fogo levou apenas três minutos para chegar à maioria dos andares", informou a Defesa Civil. Segundo o último balanço do Ministério do Interior, 82 pessoas morreram e 110 ficaram feridas.
A Defesa Civil apontou que "o hospital não tinha um sistema de proteção contra incêndios, e os tetos falsos permitiram que o fogo se propagasse atá produtos altamente inflamáveis. A maioria das vítimas morreu porque foi removida e privada de ventilação. Outras foram asfixiadas pela fumaça."
Pedidos de demissão
A tragédia gerou revolta entre os iraquianos, depois que fontes médicas atribuíram a tragédia à negligência, muitas vezes ligada à corrupção endêmica que assola o país. "Renúncia do ministro da Saúde" era o assunto mais comentado no Twitter no Iraque.
O país, de 40 milhões de habitantes, tem um sistema de saúde precário, que nunca se recuperou de quatro décadas de guerra. O primeiro-ministro, Mustafa Al-Kazimi, anunciou três dias de luto nacional e a abertura de "uma investigação imediata", além de uma indenização de 6,9 mil dólares à família de cada vítima.
O primeiro-ministro suspendeu o ministro da Saúde, Hasan al-Tamimi, que será interrogado, bem como outras autoridades sanitárias. "Os resultados da investigação serão apresentados ao governo dentro de cinco dias", assinala um comunicado do gabinete do premier.
Sem proteção
No meio da noite, quando havia dezenas de parentes com "trinta pacientes em uma unidade de terapia intensiva" reservada para os casos mais graves da covid em Bagdá, as chamas se espalharam pelos andares, informou uma fonte médica. Vídeos publicados nas redes sociais mostram bombeiros tentando apagar as chamas enquanto os doentes e suas famílias tentam deixar o prédio nos arredores de Bagdá.
Amir, de 35 anos, relatou à AFP que "salvou por pouco seus irmãos que estavam no hospital". "As pessoas se encarregaram de retirar os feridos", disse.
É um "crime", denunciou a Comissão governamental de Direitos Humanos. "Contra pacientes exaustos pela covid-19 que colocaram suas vidas nas mãos do Ministério da Saúde e que em vez de serem curados morreram nas chamas".
A Comissão apelou ao primeiro-ministro para remover o ministro da Saúde e "levá-lo à justiça". O mesmo foi exigido pelo presidente da República, Barham Saleh, e pelo chefe do Parlamento, Mohamed al Halbusi. Por sua vez, a missão da ONU no Iraque expressou "sua dor" e se declarou "chocada" com a tragédia.
O premier iraquiano pediu no Twitter que a tragédia não seja politizada, enquanto o presidente Saleh estimou que a mesma "é resultado de anos de prejuízo às instituições do Estado causado pela corrupção e má gestão".
O Iraque, país com escassez de medicamentos, médicos e hospitais há décadas, superou na quarta-feira um milhão de casos de COVID-19. Mas registra um número de mortos relativamente baixo, provavelmente porque sua população é uma das mais jovens do mundo.
Segundo o Ministério da Saúde, 1.025.288 iraquianos foram infectados desde o surgimento do novo coronavírus no país em fevereiro de 2020, dos quais 15.217 morreram.
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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