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Estado de Minas A BENÇÃO DO RETORNO

Corpus Christi: multidão participa de celebração em Belo Horizonte

Nem o frio desanimou os fiéis, que saíram em procissão pela cidade. Vendedores comemoram movimento


08/06/2023 19:59 - atualizado 08/06/2023 20:44
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Com início às 17h, a tradicional celebração foi acompanhada por uma multidão
Com início às 17h, a tradicional celebração foi acompanhada por uma multidão (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A press)
Nem a queda da temperatura abalou a fé de quem acompanhou, nesta quinta-feira (8/6), a missa de Corpus Christi na Igreja da Boa Viagem, no bairro de mesmo nome, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. 

Com início às 17h, a tradicional celebração foi acompanhada por milhares de pessoas que, após uma hora e meia no jardim da igreja, seguiram em procissão pelos tapetes decorados da Avenida Afonso Pena até chegar ao Santuário de São José.

Rosemary Santana e a mãe, Maria Cândida, de 87 anos
Rosemary Santana e a mãe, Maria Cândida, de 87 anos (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A press)
Maria Cândida, de 87 anos, é veterana da cerimônia eucarística e afirma que o retorno após a pandemia é uma benção. Ela, que estava acompanhada da filha Rosemary Santana, veio da Região de Venda Nova para participar de todo o ritual. “Vamos acompanhar a procissão todinha. Só vou embora quando der a benção final, na igreja de São José. Me sinto muito bem estando aqui”, diz.

Alonso Nolasco e Claudileile Chaves levaram a filha, Cecília Maria
Alonso Nolasco e Claudileile Chaves levaram a filha, Cecília Maria (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A press)
O casal formado por Alonso Nolasco e Claudileile Chaves levantaram a filha Cecília Maria para acompanhar o costume que eles também carregam. Naturais de Itabirito, na Região Metropolitana de BH, eles contam que esta é a primeira vez que passam o feriado na capital.
 
 
“A última missa e procissão do Corpus Christi que acompanhamos foi em 2019. É uma oportunidade e felicidade muito grande estar aqui hoje. Especialmente porque não saímos durante a pandemia para exercer um costume de tantos anos”, afirma Claudileile. 

O vendedor Edson Magalhães
O vendedor Edson Magalhães (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A press)
O momento é duplamente aproveitado para Edson Magalhães. Ele, que vende artesanato na Feira Hippie, leva flores feitas de garrafa Pet para os fiéis comprarem durante a celebração.
 
“Sou católico e aproveito para garantir meu sustento enquanto rezo. Estou desde a primeira missa, às 7h. Cada flor custa R$ 5”. Ele trabalha há 17 anos vendendo artesanato e participa de diversas festas da igreja, fazendo diferentes artes. Desta vez, a escolha foi uma flor para os fiéis “levarem para abençoar e colocarem em casa”, conclui.
 

A Procissão 


início da procissão
Fiéis na saída da Igreja da Boa Viagem (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Depois da comunhão, numa data que celebra a eucaristia, a procissão é o momento mais aguardado. Logo na saída da Igreja da Boa Viagem, dona Maria Lúcia marcou seu lugar em frente ao tapete. Ano após ano, ela confere a tradição de perto e afirma sentir-se mais revitalizada. “Fui criada no Bairro Padre Eustáquio e lá eram feitas muitas procissões, aquilo alimentou a minha fé. Na minha rua, eram as crianças que faziam as bandeirinhas para enfeitar. Tenho 80 anos e, desde pequena, acompanho as tradições. Me sinto gratificada, revitalizada e vejo que o costume permanece toda essa multidão presente”, diz.

 

Multidão caminha em avenida
Milhares de pessoas seguiram o tapete até chegar ao Santuário (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
A turma era mesmo grande e entoando canções típicas da igreja católica, já na Avenida Afonso Pena, os fiéis pararam o trânsito, literalmente. Um esquema de tráfego cuidou da passagem e agentes da BHTrans, além da Polícia Militar, cercaram o entorno do tapete.

 

Próximo ao Palácio das Artes, Leandro Jesus contemplava os desenhos feitos de serragem colorida. “Durante a pandemia, nós não pudemos compartilhar com nossos irmãos este momento que é tão específico. Agora, dá aquela borboletinha no interior da gente, por estar de volta uma expressão de fé tão valorosa”, conta. Durante os três anos de suspensão na capital, ele participou da celebração em Ouro Preto e Mariana, mas o retorno é “um momento único e gratificante”.

 

tapete colorido
Santuário de São José na chegada da procissão (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Ao final da caminhada de 1 km, acontece a tão esperada chegada ao Santuário de São José, no Centro da cidade. A sensação de renovação tomou conta, como disse Ana Cardoso. “Há seis anos participo. Acredito que preenche, é contemplativo, renova a fé e esperança. Lembramos de toda a jornada de vida e sentimos essa fé, pedindo, agradecendo e sendo agraciado”, finaliza.

 

 


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