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Estado de Minas JUSTIÇA

BH: Colombiano que matou namorada há 29 anos ficará preso até extradição

Jaime Cormane foi encontrado pela PM de Minas e PF em Alagoas, no Nordeste, e chega em BH nesta terça-feira (2/5). Ele vai aguardar extradição na penitenciária


02/05/2023 17:02 - atualizado 02/05/2023 17:23

homem e mulher
Jaime matou Nancy Mariana em 1994, na cidade de Barranquilla, na Colômbia (foto: Reprodução/ Redes Sociais )
O colombiano Jaime Henrique Saade Cormane, condenado por estuprar e matar a namorada Nancy Mariana, em 1994, deve chegar em Belo Horizonte nesta terça-feira (2/5) e será levado para a penitenciária Nelson Hungria, onde ficará à disposição do Ministério da Justiça até a extradição. Ele foi encontrado no município de Marechal Deodoro, em Alagoas, Nordeste do Brasil, na manhã de ontem. 

Segundo o tenente-coronel Flávio Santiago, da Polícia Militar, a prisão foi efetuada em uma ação conjunta da PMMG e da Polícia Federal, que investiga o homem há anos. "Quando a PF entrou em contato, houve o cruzamento de dados para localizá-lo no município de Marechal Deodoro, em Alagoas, próximo à Praia do Francês", explica em coletiva. 

Jaime foi preso enquanto voltava de um supermercado. Ele tentou fugir e resistiu à prisão, segundo a PM. Utilizando um nome falso desde que chegou ao Brasil, ele conseguiu falsificar documentos no interior do Amazonas e chamava-se Henrique dos Santos Abdala. Dessa forma, ele constituiu família no país e teve um filho, mas registrou a criança com seu nome verdadeiro. Assim, foi identificado que ele estava foragido no Brasil. 
Em 18 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela extradição de Jaime, agora ele ficará preso até que o Ministério da Justiça assine a  deliberação.
 

Entenda 


O crime ocorreu em 1994, na cidade de Barranquilla, na Colômbia, quando Nancy Mariana, uma jovem de 18 anos, saiu de casa acompanhada do então namorado, Jaime Saade, e nunca retornou. Ele estuprou a jovem e deu um tiro na cabeça. Nancy morreu depois dois dias no hospital.

Dois anos depois do assassinato, em 1996, Saade foi condenado pela Justiça por homicídio e estupro. A pena seria de 27 anos, em regime fechado. No entanto, o jovem desapareceu sem, aparentemente, deixar rastros. A Interpol, imediatamente, emitiu um mandado internacional contra o condenado, sem sucesso.

Desde então, o pai da jovem, Martín Mestre, buscou pelo assassino da filha. Quase três décadas depois, com 79 anos, o pai finalmente encontrou o assassino de sua filha morando em Belo Horizonte, vivendo com um documento falso, casado e com filhos. 
 
Saade chegou a ser preso na época, utilizando documentos falsos, e ficou na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, por apenas nove meses. Ele foi libertado depois de receber alvará de soltura com revogação da prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal.
 
Ainda em 2020, um pedido de extradição do governo colombiano foi negado pelo STF. Houve um empate entre os ministros, e, nesses casos, o resultado é favorável ao réu. O pai de Nancy recorreu, e, de forma inédita, o caso foi julgado de novo neste ano pelo tribunal. Desta vez, com decisão favorável à extradição.
 
Em julho de 2023 o tempo da sentença de Saade se completaria e, caso não fosse localizado e preso, ficaria livre das acusações.  


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