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Estado de Minas MINHA CASA, MINHA VIDA

Minas tem mais de 3 mil obras de moradia popular paralisadas

Retomada do programa habitacional é destacada como objetivo do atual governo federal, que lida com mais de 80 mil obras paradas em todo o país


14/02/2023 18:27 - atualizado 14/02/2023 18:58

Minha Casa, Minha Vida em Contagem
Projeto de conjunto habitacional em Contagem, na Grande BH, moradias populares estão no foco do ministério das Cidades (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Minas Gerais tem 3.142 obras de unidades habitacionais de moradia popular do governo federal paralisadas. Segundo o Ministério das Cidades, os empreendimentos estão divididos em 41 municípios (veja lista no fim da matéria) e o objetivo da atual gestão é retomar as intervenções que ficaram estacionadas durante o governo anterior.

Em todo o Brasil, de acordo com lista enviada pelo ministério ao Estado de Minas, há 83.884 obras paradas. Os números são referentes à moradias da Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, que beneficia famílias de renda mais baixa.  

A retomada do programa de moradias populares é apontada, desde o início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como uma das prioridades da gestão. O ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), anunciou em janeiro o número de 83 mil obras paradas e garantiu que 5 mil serão retomadas imediatamente.

Nesta terça-feira (14/2), Lula teve agenda em Santo Amaro, na Bahia, para inaugurar 864 unidades do Minha Casa, Minha Vida. Em Minas Gerais, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), esteve em Contagem, na Grande BH, para o lançamento de 600 casas populares.

Outros quatro estados tiveram casas populares inauguradas nesta terça - Goiás, Paraíba, Pernambuco e Paraná -, somando 2.745 unidades ao todo. 

Os empreendimentos inaugurados nesta terça-feira não são os que figuram entre as obras paralisadas. A expectativa é que Lula anuncie hoje a retomada da construção de 5.562 casas populares, sendo 240 delas em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

Particularidade mineira


Minas reúne 3,7% de obras paradas no Brasil, mas ainda assim o número simboliza a angústia de milhares de mineiros que esperam a finalização da construção de um lar em condições para pagamento.

À reportagem, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Jairo dos Santos, explicou que existem as paralisações em obras que sequer saíram do papel e começaram a ser erguidas e as que tiveram os trabalhos interrompidos já na fase de construção. Da mesma forma, há famílias que já chegaram a ser sorteadas pelo programa de habitação, mas a casa não foi entregue.

Jair sinaliza confiança em um avanço na discussão sobre moradia no atual governo federal, mas salienta que o debate deve ser mais profundo e oferecer aos brasileiros não apenas a habitação, como também boas condições de vivência em áreas urbanas.

“A melhor notícia do ministério é que pela primeira vez temos um olhar que não pensa só no déficit habitacional, mas olha, com a Secretaria de Periferias, para a urbanização, regularização fundiária, projetos de saneamento e demais características do que toca a precariedade da vida do povo periférico no Brasil”, comenta. 

O coordenador do MTST usa o exemplo da formação do movimento em Minas para salientar que a aplicação de programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida no estado deve levar em consideração uma característica que difere a formação de centros urbanos mineiros dos demais no país. Segundo Jairo, esse cenário exige uma abertura maior às demandas específicas de cada comunidade.

“Diferentemente de outros estados, o MTST em Minas foi construído do interior para a capital. Belo Horizonte foi a última cidade que chegamos, com o projeto da Cozinha Solidária. Isso se deu pelo perfil sócio populacional do estado, em que você tem  grandes cidades com características de polo. Em Ouro Preto, por exemplo, você tem o debate para famílias vítimas de deslizamento, gente que está há mais de 20 anos vivendo de aluguel social. Aí você vai para Uberlândia, que tem uma concentração populacional grande, mas um valor de área urbana acima da realidade nacional, aí tem gente em terras sem regularização, gente morando perto de estações da Cemig”, exemplifica.


Veja onde estão as obras de moradia popular paralisadas em Minas:


  • Abre Campo: 3 empreendimentos, 72 unidades habitacionais
  • Aimorés: 1 empreendimento, 12 unidades habitacionais
  • Antônio Dias: 1 empreendimento, 14 unidades habitacionais 
  • Arinos: 2 empreendimentos, 38 unidades habitacionais
  • Barbacena: 4 empreendimentos, 320 unidades habitacionais
  • Bom Repouso: 1 empreendimento, 4 unidades habitacionais
  • Bonito de Minas: 2 empreendimentos,58 unidades habitacionais
  • Buritis: 7 empreendimentos, 149 unidades habitacionais
  • Buritizeiro: 1 empreendimento, 33 unidades habitacionais
  • Campina Verde: 2 empreendimentos, 37 unidades habitacionais
  • Campos Altos: 1 empreendimento, 50 unidades habitacionais
  • Capinópolis: 2 empreendimentos, 200 unidades habitacionais
  • Chalé: 1 empreendimento, 25 unidades habitacionais
  • Conceição de Ipanema: 1 empreendimento, 7 unidades habitacionais
  • Conceição do Mato Dentro: 1 empreendimento, 22 unidades habitacionais
  • Coroaci: 1 empreendimento, 7 unidades habitacionais
  • Durandé: 3 empreendimentos, 55 unidades habitacionais
  • Formoso: 4 empreendimentos, 162 unidades habitacionais
  • Fronteira dos Vales: 3 empreendimentos, 63 unidades habitacionais
  • Governador Valadares: 1 empreendimento, 240 unidades habitacionais
  • Guaraciama: 1 empreendimento, 13 unidades habitacionais
  • Gurinhatã: 1 empreendimento, 18 unidades habitacionais
  • Ipatinga: 2 empreendimentos, 796 unidades habitacionais
  • Itapagipe: 1 empreendimento, 20 unidades habitacionais
  • Lajinha: 4 empreendimentos, 126 unidades habitacionais
  • Luisburgo: 4 empreendimentos, 81 unidades habitacionais
  • Machacalis: 1 empreendimento, 21 unidades habitacionais
  • Martins Soares: 2 empreendimentos, 68 unidades habitacionais
  • Matipó: 1 empreendimento, 14 unidades habitacionais
  • Mutum: 2 empreendimentos, 80 unidades habitacionais
  • Raposos: 2 empreendimentos, 28 unidades habitacionais
  • Reduto: 1 empreendimento, 16 unidades habitacionais
  • Sacramento: 1 empreendimento, 33 unidades habitacionais
  • Santa Maria de Itabira: 1 empreendimento, 5 unidades habitacionais
  • Santa Rosa da Serra: 1 empreendimento, 50 unidades habitacionais
  • Tiros: 2 empreendimentos, 84 unidades habitacionais
  • Tombos: 1 empreendimento, 11 unidades habitacionais
  • Uberlândia: 1 empreendimento, 23 unidades habitacionais
  • Uruana de Minas: 1 empreendimento, 15 unidades habitacionais
  • Várzea da Palma: 1 empreendimento, 50 unidades habitacionais
  • Veredinha: 1 empreendimento, 22 unidades habitacionais


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