
Há sete anos vivendo em situação de rua, Henrique Vieira Wollny usou a criatividade, e muita reflexão, para montar sua árvore de Natal, que pode ser vista na Rua Pernambuco esquina com Avenida do Contorno, na Savassi, Região Centro Sul de BH. No topo da árvore, Henrique colocou um gorro de Papai Noel, e usou bolinhas de piscina (de brinquedo) para fazer brilhar seu símbolo do Natal.


CAPRICHO TOTAL
Já sob um viaduto da Avenida Antônio Carlos, no Bairro São Cristóvão, na Região Noroeste, Wagner Lúcio de Campos, de 44, caprichou na sua árvore de Natal, colocando no alto do pinheirinho uma faixa com os votos de Feliz Natal. O detalhe interessante está nas capas de celular, de várias cores, penduradas na ponta dos galhos, substituindo as tradicionais bolas de vidro ou metalizadas. "O dinheiro não deu para comprar as bolinhas, então encontramos as capinhas, durante a coleta de material reciclável, e resolvemos usá-las. Arte nasce assim, né?", contou Wagner, que está há um ano em situação de rua.


PAPAI NOEL
De onde será que sai tanto Papai Noel? Eles estão no alto dos caminhões, acenando na janela dos carros, na carroceira das caminhonetes - basta sair às ruas para vê-los com a roupa e o gorro vermelho e a barba branca esvoaçante, mantendo uma velha tradição do dia do Natal, nas cidades do interior de Minas. À criançada que espera na calçada, o "bom velhinho" atira balas e chocolate.
Em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram muitos papais noéis na manhã deste domingo (25), percorrendo a cidade. No Bairro São Geraldo, muitas famílias ficaram esperando a passagem da comitiva lá da Lapônia, no Hemisfério Norte, que, para não perder tempo, trocou o trenó pelo caminhão. "Estou achando esse Papai Noel, deste ano, meio pobre, só está jogando bala", disse uma menina, que ouviu de uma garota, ao lado. "Você chegou atrasada. O que passou antes 'encheu' a gente de chocolate!"
