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Morador da Região de Venda Nova cria o "Kit Alagamento" para salvar vidas

O cabeleireiro Marcus Vinícius Pinto, de 59 anos, já perdeu a conta do número de pessoas que socorreu


08/12/2022 13:47 - atualizado 08/12/2022 14:58

homem segurando cordas e colete
Com o kit, Marcus Vinícius conseguiu salvar duas pessoas na noite dessa quarta-feira (7/12) (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Entra ano, sai ano, e a situação na Região de Venda Nova não muda: as chuvas torrenciais elevam o nível dos córregos do Nado e Vilarinho, inundam vias públicas, arrastam carros e deixam as pessoas em completo desespero.

Solidário às vítimas e de olho no perigo, o cabelereiro Marcus Vinícius Pinto, de 59 anos, entra em ação, nesses momentos cruciais, com o “Kit Alagamento”, um conjunto formado por colete salva-vidas, duas cordas, boia, cinto de rapel, três mosquetões e um facão. “Já perdi a conta de quantas pessoas socorri em décadas. Com o kit fica mais fácil ajudar”, afirma Marcus Vinícius, que é casado, tem três filhos e um neto.

Morador da Avenida Doutor Álvaro Camargos, que foi inundada na noite de quarta-feira (7/12) com a elevação do Córrego do Nado, Marcus Vinícius conta que criou o “Kit Alagamento” há cerca de 10 anos. “A situação é dramática, pois as pessoas são pegas de surpresa. Pessoas com crianças, por exemplo, entram em pânico, ficam paralisadas, então temos que ajudar todo mundo”, conta o voluntário foi da Aeronáutica, mas nunca fez curso de salvamento. “Sempre procuro informações sobre o assunto, vejo vídeos na internet, aí aprendo muito.”

Na noite traumática de ontem, o cabeleireiro salvou duas pessoas, e, agora, faz um apelo às autoridades para que deem um final ao quadro desolador na Região de Venda Nova. “Foi executada uma obra para resolver os problemas crônicos, mas vimos que não resolveu. Então, são necessários novos estudos para intervenções, pois a população sofre demais”, afirma.

Socorro

 
Marcus Vinícius mora com a família nos fundos do seu salão de beleza, localizado na Rua Álvaro Camargos, 1083, uma via pública que chama de “avenida”, devido à antiga denominação. “Bastou chover forte para a avenida encher. Por isso, preciso de cordas para resgatar as pessoas, quando a água sobre muito. O cinto de rapel se torna necessário se eu precisar subir em um ponto mais alto e puxar as vítimas. Já quando a água vai abaixando, uso o cone para colocar na pista, enquanto os bombeiros não chegam, e o facão para cortar galhos e ajudar na sinalização.”

Satisfeito com a ação voluntária, Marcus Vinícius se diz feliz em socorrer, pois sabe que pode salvar a vida dos outros, como também proteger a sua e da família. 


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