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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Funed aponta aumento na circulação de vírus da COVID-19 em Minas

Dados da Fundação Ezequiel Dias indicam tendência de alta nas infecções pelo coronavírus no estado. Índice passou de 2,68%, em outubro, para 30,97%, em novembro


24/11/2022 14:53 - atualizado 24/11/2022 15:40

Pessoas com máscara no metrô de belo horizonte
Amostras são analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG/Funed) (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O Boletim Epidemiológico de COVID-19, divulgado nesta quinta-feira (24/11) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), revela que o estado registrou nas últimas 24 horas 3.901 novos casos da doença, além de 16 mortes. O dado corrobora com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), que apontou um aumento considerável na circulação do vírus SARS-CoV-2, responsável pelo Coronavírus.

As amostras detectáveis para o vírus analisadas pela Vigilância Laboratorial do Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG/Funed) tiveram um salto percentual significativo do ponto de vista estatístico, passando de 1,73%, no mês de outubro, para 11,61%, nos dias recentes de novembro.

André Felipe Bernardes, referência técnica em vírus respiratórios do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed, explica que é possível registrar um aumento na frequência em que o SARS-CoV-2 foi identificado nas amostras encaminhadas para análise em novembro. “Em outubro o índice estava em 2,68%, já nos primeiros 19 dias do mês, saltou para 30,97%”.

Progressão de resultados detectáveis no tempo, a partir de amostras encaminhadas ao Lacen-MG em 2022.
Progressão de resultados detectáveis no tempo, a partir de amostras encaminhadas ao Lacen-MG em 2022. (foto: Funed/Divulgação)


Segundo Bernardes, esses dados trazem a expectativa de que, no fim de novembro e em dezembro, tenha-se um crescimento significativo na circulação do vírus, similar ao vivenciado em junho e julho de 2022, quando o índice chegou a 32,95% e 40,5% nos respectivos meses.

Boletim Infogripe


O monitoramento aponta que 15 estados apresentam sinal de crescimento em longo prazo. Os dados são referentes à semana epidemiológica 46 dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e compilados no Boletim Infogripe - da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 
  • Alagoas - Prob. cresc. > 95%
  • Bahia - Prob. cresc. > 95%
  • Ceará - Prob. cresc. > 95%
  • Distrito Federal - Prob. cresc. > 95%
  • Goiás - Prob. cresc. > 95%
  • Mato Grosso do Sul - Prob. cresc. > 95%
  • Minas Gerais - Prob. cresc. > 75%
  • Pará - Prob. cresc. > 75%
  • Paraíba - Prob. cresc. > 95%
  • Piauí - Prob. cresc. > 75%
  • Rio Grande do Norte - Prob. cresc. > 75%
  • Rio de Janeiro - Prob. cresc. > 95%
  • Roraima - Prob. cresc. > 75%
  • Santa Catarina - Prob. cresc. > 95%
  • São Paulo - Prob. cresc. > 95%
Ao todo 15 estados apresentam sinal crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
Ao todo 15 estados apresentam sinal crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) (foto: Fiocruz/Reprodução)


A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pode ser causada pela COVID-19. Portanto, essa tendência de crescimento vai ao encontro com a escalada de novos casos de coronavírus vivenciada nesse mês de novembro.

Variantes


O Lacen-MG/Funed pesquisou outros 11 vírus respiratórios e observou, para além do aumento de resultados detectáveis para SARS-CoV-2, que nove deles foram encontrados nesse mês. Em outubro, somente o vírus Influenza B não teve sua circulação comprovada pelos exames realizados no laboratório.

Nas amostras do SARS-CoV-2, o Lancen tem realizado o sequenciamento com resultados detectáveis para verificar se a variante que proporciona a alta seria alguma das recentemente descritas pela Rede Genômica (BQ.1 ou BE.9) ou se ocorre algum outro fenômeno em Minas Gerais.


“Outro fator que nos desperta atenção é o retorno da circulação do vírus Influenza A – H1N1 que, após dois anos, foi identificado no Lacen-MG/Funed em quatro amostras de pacientes de áreas geográficas distantes de Minas Gerais (Diamantina, Ribeirão das Neves, Divinópolis e Ouro Branco). Atualmente, há baixas coberturas vacinais contra esse agente no Brasil”, explica André Bernardes.

Com informações da Funed

*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda


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